Cigarro eletrônico pode representar riscos graves à saúde

O cigarro eletrônico, ou vape, tem se tornado bastante popular nos últimos tempos. Pessoas de várias idades, tanto jovens quanto adultos, estão aderindo a ele como uma alternativa ao cigarro tradicional. A proposta é que ele seja menos prejudicial à saúde, mas a verdade é que seus riscos não podem ser ignorados.
Embora muitos pensam que o uso de cigarros eletrônicos é inofensivo, a realidade é que eles podem afetar não apenas os pulmões, mas também a saúde bucal de quem os utiliza.
Os perigos
Um estudo realizado pelo Instituto do Coração (Incor), junto com a Vigilância Sanitária de São Paulo e a Faculdade de Medicina da USP, revelado que o uso contínuo dos cigarros eletrônicos pode resultar em um acúmulo de nicotina equivalente a 120 cigarros. Impressionante, não é?
Quando alguém inala o vapor do vape, isso pode impactar a mucosa da boca e, além disso, facilitar a entrada de bactérias por causa do pH alterado que o uso do dispositivo gera. Isso pode trazer à tona problemas sérios, como gengivite, periodontite e até cáries, consequências que muitos não associam imediatamente ao uso de um eletrônico.
Outra questão importante é que o vapor pode deixar manchas nos dentes, e o alto teor de nicotina presente nos vapes pode levar à dependência. Não é à toa que cada vez mais pessoas reportam dificuldades em parar de usar.
Além da nicotina, o cigarro eletrônico conta com elementos como glicerina vegetal e propilenoglicol. Esses ingredientes podem causar inflamações e até úlceras se usados de forma prolongada. Para quem visita o dentista regularmente, o acúmulo de biofilme pode se tornar um problema, aumentando as inflamações na boca.
Por conta desses riscos, o uso de cigarros eletrônicos é proibido no Brasil, conforme a determinação da Anvisa. Porém, a venda clandestina ainda acontece, e isso torna a situação preocupante, principalmente entre os jovens. Os riscos a longo prazo do vape são um tema que merece atenção e reflexão.