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cientistas ressuscitam planta extinta há 32 mil anos

Cientistas russos fizeram uma descoberta incrível: conseguiram recriar a planta Silene stenophylla, que estava extinta há 32 mil anos. Para isso, usaram frutos que foram preservados no permafrost da Sibéria, uma região conhecida por suas camadas de gelo que funcionam como verdadeiros túmulos naturais para o material genético ao longo de milênios.

Os frutos foram encontrados na área do rio Kolyma, onde esquilos costumavam hibernar durante o Pleistoceno. Esses animais armazenavam as frutas em tocas, que se tornaram câmaras de conservação para o que restou dessa planta antiga. Assim, os cientistas conseguiram extrair tecidos que permitiram a clonagem da Silene stenophylla. Após algumas tentativas frustradas para fazer as sementes germinarem, eles conseguiram cultivar 36 mudas idênticas e férteis no laboratório.

Significado científico e implicações

Esse feito é mais do que uma simples curiosidade botânica; ele coloca o permafrost como uma fonte rica de material genético de espécies que não vemos mais. Os pesquisadores acreditam que isso abre novas portas para a conservação genética, especialmente em tempos em que o clima muda com rapidez e a biodiversidade enfrenta ameaças.

O que alguns chamam de "biologia da ressurreição" não se limita apenas a plantas, mas também envolve a possibilidade de trazer de volta alguns animais. Essa ideia levanta uma série de questões éticas e científicas, exigindo cuidado na interpretação dos resultados. Além disso, esse tipo de pesquisa pode oferecer informações valiosas sobre como as espécies se adaptaram ao longo do tempo, comparando os organismos extintos com seus parentes atuais.

Comparações com pesquisas anteriores

Quando falamos de pesquisas similares, a maioria lidava com material biológico que não chegava nem perto do que é a Silene stenophylla. Um exemplo é o caso de sementes de tamareira descobertas em Israel e datadas de 2.000 anos, que foram germinadas em 2005. Contudo, a descoberta da equipe russa se destaca pela longevidade do material que conseguiram ressuscitar.

Os cientistas usaram métodos de cultivo testados e comprovados para alcançar este feito, que muitos considerariam impossível até alguns anos atrás. A resiliência dessa planta antiga pode iluminar caminhos para futuras pesquisas e nos ajudar a entender melhor como a vida se mantém, mesmo em condições extremas.

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