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Aparelho usa lasers para eliminar até 30 mosquitos por segundo

Uma caixinha preta que parece um celular promete uma solução inovadora para um dos maiores problemas do nosso verão: os mosquitos. O dispositivo, chamado Photonmatrix, é descrito como um "sistema de defesa antiaérea doméstico" capaz de eliminar até 30 desses insetos por segundo, utilizando tecnologia de ponta como disparos de laser. Não é impressionante?

Desenvolvido pelo engenheiro chinês Jim Wong, o Photonmatrix foi lançado em uma campanha de financiamento coletivo no Indiegogo. Ele combina sensores 3D, inteligência artificial e tecnologia LiDAR, tudo para detectar o menor movimento no ar. Quando um mosquito é identificado, um laser é disparado em milissegundos para abatê-lo, sem afetar pessoas ou pets.

Um ‘Iron Dome’ contra o Aedes aegypti

O conceito é parecido com o dos sistemas de defesa militar, como o Iron Dome, mas focado na proteção de nossas casas. O objetivo é claro: eliminar mosquitos que transmitem doenças como dengue, zika e chikungunya — problemas que estão se espalhando, especialmente devido às mudanças climáticas.

Como o funcionamento é impressionante! O Photonmatrix utiliza um módulo LiDAR que emite milhares de feixes de laser por segundo. Quando um desses feixes encontra um mosquito, o sistema calcula sua distância e velocidade em apenas três milissegundos. Uma vez identificado, um laser é acionado para eliminar o inseto. A tecnologia de inteligência artificial ajuda a diferenciar o voo do mosquito de outros elementos, como poeira.

E tem mais! Sensores de radar de ondas milimétricas garantem que, caso uma pessoa ou um animal passe por perto, o laser automaticamente desativa, priorizando a segurança de todos.

Um produto caro, mas promissor

O Photonmatrix já vem com um preço salgado. A versão básica custa cerca de 468 dólares (aproximadamente R$ 2.600) e já tem um alcance de três metros. Existe até uma opção profissional que dobra essa capacidade, alcançando seis metros e que pode operar em total escuridão. Funcionando com energia elétrica ou bateria portátil, sua autonomia varia entre 8 e 16 horas.

Apesar do alto custo, Jim Wong acredita que a produção em massa poderá reduzir esses preços no futuro. A campanha no Indiegogo já ultrapassou a meta inicial de 20 mil dólares, evidenciando o interesse das pessoas pelo produto.

Ainda não há uma data específica para o início das entregas. Como toda novidade promovida por crowdfunding, existem riscos envolvidos. Mas se o Photonmatrix realmente funcionar como prometido, a forma como combatemos mosquitos pode mudar muito.

Uma resposta à nova geografia das doenças tropicais

O lançamento do Photonmatrix ocorre em um cenário preocupante. Com a crise climática, o território dos mosquitos que transmitem doenças está se expandindo. Em 2024, a Europa registrou mais de 300 casos autóctones de dengue, um número que supera os últimos 15 anos somados.

O Aedes albopictus, o famoso mosquito tigre, já está em pelo menos 13 países europeus. Com temperaturas médias cada vez mais altas, a reprodução desses insetos só tende a aumentar. Nesse contexto, dispositivos como o Photonmatrix se tornam essenciais para garantir a saúde pública.

Outros métodos complementares

Embora a tecnologia avance, especialistas ressaltam que a solução não deve ser única. A melhor abordagem é a chamada "defesa estratificada", que une diferentes métodos, como vigilância epidemiológica, controle ambiental e, agora, armas de precisão a laser.

Uma solução interessante é a ovillanta, criada pelo professor Gérard Ulíbarri, da Universidade Laurentian, no Canadá. É um sistema simples que utiliza pneus com água parada e papel flutuando para atrair mosquitos a depositar ovos. Depois, o conteúdo é filtrado para remover as larvas, demonstrando ser até sete vezes mais eficaz do que métodos tradicionais de controle. Assim, aos poucos, estamos avançando no combate à dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos.

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