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Aerolíneas retorna ao lucro com vendas e ajuda do dólar

A Aerolíneas Argentinas anunciou que obteve um resultado positivo de 169 bilhões de pesos no primeiro trimestre deste ano. Este é o melhor desempenho econômico da empresa desde sua reestatização em 2008 e inclui tanto receitas operacionais quanto financeiras.

Segundo informações divulgadas, a companhia alcançou a sua melhor relação entre resultado final e receitas operacionais em duas décadas, apresentando um margem de 22,78%. Este resultado coloca a Aerolíneas Argentinas em um patamar de eficiência financeira comparável a outras empresas do setor na América Latina.

Conforme dados do Sistema Integrado de Informação Financeira de Empresas Públicas, a Aerolíneas foi a segunda estatal com melhor desempenho econômico, apenas atrás da Aysa, com uma diferença de menos de 1 milhão de pesos.

O consultor aeronáutico Carlos Vázquez destacou a relevância do item “outros ingresos”, que não se relaciona diretamente com a atividade aérea, mas inclui operações financeiras e comerciais, com um total de 95 bilhões de pesos no primeiro trimestre.

Antes da flexibilização do controle cambial em abril do ano passado, as companhias aéreas se beneficiavam de uma diferença nas taxas de câmbio, permitindo que pagassem compromissos internacionais em dólar oficial e vendessem passagens a preços mais altos no mercado local. Em análises, Vázquez classificou essa situação como um “subsidio encubierto”.

Ainda em 2024, a Aerolíneas Argentinas anunciou um superávit histórico de 20,4 milhões de dólares, pela primeira vez seus lucros operacionais superaram os custos. Após ajustes contábeis, esse valor cresceu para 56,6 milhões de dólares.

Como já se passou mais da metade de 2025, a empresa informou ao Ministério da Economia que não precisará de recursos públicos para operar.

A companhia implementou uma política rigorosa de redução de custos, reduzindo em mais de 16% o número de funcionários. Atualmente, a Aerolíneas possui o menor número de empregados em 15 anos e a menor média de colaboradores por avião na sua história. Este processo resultou na saída de mais de 1.600 pessoas e na eliminação de 85 cargos de direção.

Além disso, negociações com sindicatos, realizadas no final do ano passado, focaram em aumentar a produtividade da frota e da equipe de operação, tanto nos voos quanto em solo.

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