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A origem da marca Xerox e seu impacto no ato de copiar

Hoje em dia, pedir para “tirar uma xerox” é algo tão cotidiano quanto mandar uma mensagem pelo celular. Mas por trás dessa expressão tão comum está a história de uma gigante da tecnologia: a Xerox. Fundada há mais de 70 anos, a empresa não só criou a fotocópia moderna, mas também foi uma das pioneiras em inovações que mudaram o mundo da computação e da impressão.

A origem da Xerox: inovação desde o primeiro dia

A história da Xerox começa em 1947, quando o físico Chester Carlson, nos Estados Unidos, desenvolveu a eletrofotografia, que ficou famosa como xerografia. Carlson tentou vender sua invenção e encontrou apoio na Haloid, uma fabricante de papel fotográfico. O nome “xerox” tem raízes gregas, derivando de “xeros” (seco) e “graphos” (escrita), o que faz total sentido, já que esse novo método não usava líquidos ou tinta molhada, mas sim cargas eletrostáticas e pós finos para criar cópias fiéis de documentos.

A máquina que mudou os escritórios

A grande virada aconteceu com o lançamento da Xerox Copier, uma máquina de grandes dimensões que logo virou sucesso no ambiente corporativo. Em 1955, a empresa lançou a CopyFlo, que trouxe um tambor giratório, aumentando a velocidade de produção de cópias. A simplicidade de usar elétrons ao invés de tinta foi tão marcante que “xerox” rapidamente se tornou sinônimo de fotocópia.

Como o Paul Ellis explicou em 1949, “a nova técnica não requer sabão, tinta ou pressão. Cargas de eletricidade estática fazem o trabalho junto com pós finos.”

De Haloid a Xerox: a evolução da marca

Em 1961, a Haloid passou a se chamar apenas Xerox, mas suas ambições eram maiores do que apenas copiadoras. Ao longo dos anos seguintes, a empresa investiu pesado em pesquisa e desenvolvimento, inaugurando o famoso centro Xerox PARC (Palo Alto Research Center). Esse foi o berço de inovações que se tornariam fundamentais para a era digital, como a interface gráfica dos computadores e a tecnologia ethernet, que conecta os computadores.

A chance perdida de liderar o mundo dos computadores

Apesar de tantas inovações, a Xerox não soube aproveitar as oportunidades trazidas pela equipe do PARC. Embora tenha desenvolvido conceitos como o “mouse” e a “interface gráfica”, foram empresas como a Apple que levaram essas ideias ao mercado. Em 2002, a Xerox descontinuou o centro de pesquisa, e em 2023, o doou ao instituto SRI International, o que marcou o fim de um capítulo promissor, mas pouco explorado.

Xerox e a revolução da impressão

Mesmo após os descuidos no campo da informática, a Xerox continuou a inovar no que sabia fazer de melhor: impressão. Depois da xerografia, a empresa apresentou a xeroimpressão, uma técnica ainda mais eficiente para impressão em massa, que se tornou popular em jornais e documentos. Hoje, impressoras e copiadoras com tecnologia Xerox estão presentes em escolas, empresas e órgãos públicos.

Por que a Xerox virou sinônimo de fotocópia?

O impacto cultural da Xerox foi tão grande que seu nome se tornou um verbo. Tirar uma “xerox” é compreendido globalmente como “fazer uma cópia”, mesmo que o equipamento usado nem sempre seja da marca Xerox. Esse fenômeno é chamado de genericização da marca; outras marcas como Google e Velcro também passaram por isso.

Apesar de ter perdido protagonismo na tecnologia nos últimos anos, a Xerox continua ativa com foco em soluções empresariais de impressão, digitalização e automação. A empresa ainda é uma referência de inovação e confiabilidade em ambientes corporativos.

Mais do que uma marca, a Xerox simboliza uma era de descobertas e avanços tecnológicos. Pioneira em transformar a rotina de escritórios em todo o mundo, ela deixou marcas profundas na evolução da informática. Assim, ao usar uma copiadora ou impressora, é possível perceber que muito do que temos hoje deve sua existência à genialidade de Chester Carlson e ao espírito inovador da Xerox.

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