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3I ATLAS: fenômeno cósmico raro pode ser visto a olho nu

O 3I ATLAS voltou a despertar a curiosidade de muita gente em 2025. Ele é um cometa interestelar e se tornou somente o terceiro objeto já confirmado a cruzar o Sistema Solar vindo de fora dele. Esse tipo de acontecimento é raro e tem um valor científico incrível. Mas uma pergunta não sai da cabeça de muitos: será que dá para ver o 3I ATLAS a olho nu?

A resposta é não. Mas fica tranquilo que a explicação é bem interessante. O 3I ATLAS, ao contrário do cometa C/2024 G3 (ATLAS), que ficou conhecido como o Grande Cometa de 2025, não brilhou o suficiente para ser visto sem ajuda de telescópios. Ambos têm o nome ATLAS porque foram descobertos pelo mesmo sistema de monitoramento astronômico, mas suas histórias são bem diferentes.

O que é o 3I ATLAS e por que ele é tão raro

O 3I ATLAS (ou C/2025 N1) é um cometa que vem de fora do nosso Sistema Solar. Ele tem uma trajetória hiperbólica, o que significa que passa perto do Sol e, depois, segue em direção ao espaço profundo, sem chance de voltar. Essa trajetória confirma que o objeto realmente se originou de outra estrela e não está preso pela gravidade do nosso Sol.

Astrônomos consideram o 3I ATLAS um dos eventos mais importantes da astronomia atual porque pode oferecer dicas sobre a composição de sistemas planetários distantes. No entanto, mesmo em sua maior aproximação ao Sol, ele não ficou brilhante o suficiente para que pudéssemos observá-lo a olho nu.

Enquanto isso, o C/2024 G3 (ATLAS) foi quem realmente roubou a cena nos céus em 2025. Descoberto em abril de 2024, esse cometa teve uma trajetória bem mais próxima do nosso Sol, chegando a ter uma magnitudem aparente de -3,8. Isso fez com que ele fosse visível até mesmo durante o dia em alguns lugares do Hemisfério Sul!

O brilho intenso desse cometa colocou ele entre os mais impressionantes do século, sendo comparado a fenômenos históricos como o Hale-Bopp e o McNaught. Milhões de pessoas tiveram a oportunidade de vê-lo a olho nu, especialmente em janeiro de 2025, quando sua cauda se estendia de forma espetacular logo após o pôr do sol.

Um espetáculo seguido de drama cósmico

O ápice do C/2024 G3 (ATLAS) ocorreu em 13 de janeiro de 2025, quando atingiu o periélio, o ponto mais próximo do Sol. A intensa radiação e o calor causaram um processo de fragmentação no núcleo, algo comum quando cometas se aproximam demais de uma estrela.

Poucos dias depois, os cientistas confirmaram que o cometa havia se desintegrado parcialmente, resultando em uma estrutura sem núcleo visível, mas ainda com uma cauda brilhante e difusa. Mesmo assim, o espetáculo continuou a ser visível por vários dias, tornando-se uma das melhores cenas astronômicas da década.

Os nomes semelhantes podem ter gerado um pouco de confusão, mas a diferença entre os dois cometas é grande. O 3I ATLAS é um corpo interestelar, vindo de fora do nosso Sistema Solar e, como já dissemos, invisível a olho nu. Já o C/2024 G3 (ATLAS) é um cometa periódico, parte do nosso vizinho cósmico, e responsável por um dos maiores eventos de observação astronômica recente.

Enquanto o primeiro é estudado em busca de dados sobre outros sistemas planetários, o segundo foi um verdadeiro espetáculo visual para todos. Ambos os cometas ampliaram o nosso entendimento sobre a dinâmica celeste e a diversidade de corpos que transitam pelo espaço.

O 3I ATLAS destaca a raridade e a importância dos visitantes interestelares, enquanto o C/2024 G3 (ATLAS) mostrou a beleza e a imprevisibilidade dos fenômenos visíveis em nosso Sistema Solar. Esses eventos ilustram como a astronomia moderna junta tecnologia, observação e a curiosidade humana para desbravar mistérios que antes pareciam inalcançáveis.

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