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Acre: história da compra do território pelo Brasil por R$ 14,6 milhões

Em 17 de novembro de 1903, o Acre oficialmente se tornou parte do Brasil, após a assinatura do Tratado de Petrópolis. Esse momento histórico foi celebrado por todos que acompanharam os intensos conflitos e as complicadas negociações que marcaram os anos anteriores.

O acordo foi firmado pelo Barão do Rio Branco, que na época era o ministro das Relações Exteriores, e representantes do governo boliviano. Com a assinatura, a Revolução Acreana, que durou cerca de quatro anos e buscava a autonomia da região, chegou ao fim, consolidando a presença brasileira na área.

Contexto da Revolução Acreana

A Revolução Acreana teve início em 1899, quando os brasileiros proclamaram a República do Acre em resposta à ocupação boliviana. Nesse cenário, a região era habitada por seringueiros brasileiros, principalmente nordestinos que migraram em busca de novas oportunidades na extração de borracha. A insatisfação com a administração boliviana crescia, levando a um movimento de resistência.

A luta pela autonomia do Acre foi crucial para seu desenvolvimento econômico, pois a extração de borracha não apenas trouxe riqueza para os seringueiros, mas também teve reflexos na economia do Brasil.

O Tratado de Petrópolis e a negociação

O Tratado de Petrópolis resultou de negociações esperadas e estratégicas. O Barão do Rio Branco não só conseguiu a anexação do Acre, mas também trocou áreas alagadas no Mato Grosso por 2 milhões de libras esterlinas — o que equivaleria a mais de R$ 14,6 milhões hoje. Apesar de ser um valor alto para a época, foi um preço que trouxe paz aos dois países e ajudou a consolidar as fronteiras brasileiras.

Essa união não alterou apenas os limites geográficos, mas também transformou a demografia e a economia local, ajudando a integrar o Acre ao território brasileiro.

A importância do tratado para o Acre e para o Brasil

O Tratado de Petrópolis é visto como a “certidão de nascimento” do Acre. Ele não oficializou apenas a anexação, mas também permitiu que a região se desenvolvesse como parte integral do Brasil. Com a chegada de novos colonos e investimentos, o Acre começou a florescer como um importante centro econômico.

Além disso, o tratado marcava uma nova fase nas políticas externas do Brasil, na qual o país buscava se afirmar como uma potência na América do Sul, especialmente na região amazônica.

Legado cultural e histórico do Acre

As narrativas da Revolução Acreana e do Tratado de Petrópolis foram retratadas na minissérie “Amazônia de Galvez a Chico Mendes”, exibida pela TV Globo em 2007. A série, escrita pela novelista Glória Perez, conta eventos marcantes da história acreana, apresentando personagens que desempenharam papéis cruciais durante esse período.

O Acre é conhecido por sua rica biodiversidade e cultura única, abrigando diversas etnias indígenas e uma mistura de influências culturais que refletem sua história.

Reflexões sobre a história do Acre

O dia 17 de novembro é uma data importante não apenas para o Acre, mas para todo o Brasil. A anexação do Acre transformou não só a geografia, mas também fez parte da vida de todos que habitam a região. Celebrar eventos como o Tratado de Petrópolis é vital para entender a formação da identidade acreana.

Curiosidades à parte, vale a pena explorar mais sobre como essa anexação moldou a história do Acre e o que poderia ter acontecido se a região não tivesse se juntado ao Brasil. As reflexões sobre esses acontecimentos nos ajudam a entender melhor o presente e o futuro do nosso país.

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