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País mais seguro do mundo mantém liderança em paz por 17 anos

A Islândia, essa pequena ilha no Atlântico Norte com cerca de 390 mil habitantes, foi novamente considerada o país mais seguro do mundo em 2025, segundo o Global Peace Index (GPI). Esse relatório, elaborado anualmente pelo Institute for Economics and Peace (IEP), analisa 163 países com base em fatores como segurança interna, criminalidade, estabilidade política, presença militar e respeito aos direitos civis. A Islândia se destaca nesse ranking desde 2008, mostrando uma incrível estabilidade mesmo diante de crises globais.

O segredo da segurança islandesa

Um dos principais motivos da liderança da Islândia neste ranking é um conjunto de fatores sociais e econômicos que são bastante únicos. Por exemplo, a taxa de homicídios no país é quase nula, com um registro de apenas um homicídio em 2024. É uma estatística que, se pensarmos, é até irrelevante em termos práticos.

Outro aspecto curioso é o clima de confiança social. Em Reykjavík, a capital, é comum ver pais deixando seus carrinhos de bebê do lado de fora de cafeterias enquanto tomam café. Além disso, muitas casas ficam até sem trancas nas portas, algo que seria impensável em grande parte do mundo.

A relação dos islandeses com as autoridades é igualmente positiva. Pesquisas mostram que mais de 90% da população confia na polícia, e os policiais geralmente não portam armas em suas patrulhas diárias.

Economia estável e igualdade social

Apesar de ser um país pequeno e isolado, a Islândia conta com uma das economias mais desenvolvidas do mundo. Seu PIB per capita gira em torno de US$ 80 mil, destacando-se em setores como energia renovável, turismo e tecnologia.

O país investe em uma matriz energética quase 100% limpa, com foco em energia geotérmica e hidrelétrica. Isso, sem dúvida, diminui tensões sociais e ambientais.

Comprado à desigualdade, a Islândia apresenta um sistema de bem-estar social sólido. A desigualdade é das mais baixas do planeta, enquanto os índices de educação e saúde são altíssimos. A expectativa de vida média beira os 83 anos. Além disso, a política de justiça é voltada mais para a reabilitação do que para a punição, o que se reflete nas baixas taxas de reincidência criminal.

Um modelo de convivência pacífica

Outra peculiaridade da Islândia é a ausência de forças armadas permanentes. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, optou por uma política de neutralidade militar, mantendo apenas uma pequena guarda costeira e participações simbólicas em missões da OTAN.

Esse modelo é frequentemente considerado um reflexo do sucesso de sua política de segurança interna. O país ainda tem uma das menores populações carcerárias da Europa e não enfrenta grandes ameaças terroristas, segundo o Global Terrorism Database 2025. Além disso, a corrupção é quase inexistente, tornando a Islândia um espaço de transparência e eficiência na gestão pública.

Um exemplo global de equilíbrio entre liberdade e segurança

Steve Killelea, o fundador do Institute for Economics and Peace, afirma que a Islândia é um ótimo exemplo de que a segurança não é apenas uma questão de força militar, mas envolve coesão social, transparência e confiança nas instituições.

Os países escandinavos, como Dinamarca, Noruega e Suécia, também figuram entre os mais seguros, reforçando esse modelo nórdico de sociedade pacífica e sustentável.

Em um mundo repleto de tensões políticas, crises climáticas e conflitos, a Islândia se mantém como um oásis de tranquilidade. Uma terra onde a paz é tão natural quanto suas paisagens vulcânicas, e onde a segurança é parte integrante da cultura, da educação e do cotidiano do povo.

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