Cravos-da-índia: até quatro diários melhoram memória e alívio de dores

O consumo de cravos-da-índia vem atraindo a atenção de médicos e pesquisadores devido aos seus diversos benefícios. Segundo o Dr. Fernando Lemos, um especialista em coloproctologia, usar até quatro cravos por dia pode ser seguro e trazer efeitos positivos. Esse uso moderado ajuda a evitar riscos e aproveita os importantes efeitos medicinais dessa especiaria.
Os cravos-da-índia são ricos em compostos como o eugenol, ácido gálico e metil salicilato. Esses componentes têm ações antimicrobianas, antioxidantes e anti-inflamatórias, que beneficiam diferentes funções do corpo. No entanto, é importante lembrar que o consumo excessivo deve ser evitado, especialmente para gestantes, lactantes e crianças pequenas, que têm contraindicações específicas.
Por que os cravos-da-índia são tão eficazes?
Os cravos-da-índia se destacam pela sua ação antibacteriana e antifúngica, sendo eficazes no combate a microrganismos como o estafilococo e a Escherichia coli, que podem causar infecções na pele e no trato urinário. Além disso, eles enfrentam fungos responsáveis por micoses e outras infecções desconfortáveis.
Os compostos fenólicos encontrados nos cravos-da-índia também oferecem um potente efeito antioxidante, protegendo as células do corpo. Isso é importante para evitar o envelhecimento precoce, fortalecer o sistema imunológico e até ajudar a reduzir o risco de tumores. Essa proteção celular aumenta o interesse da ciência na especiaria.
Cravos-da-índia no dia a dia: como usar?
Uma das formas mais simples de incluir o cravo-da-índia na sua rotina é preparar um chá. Basta triturar quatro unidades da especiaria e colocar para infundir em 200 ml de água quente por cerca de cinco minutos.
Na cozinha, os cravos são ótimos em sobremesas, bolos e pães. Mastigar um cravo-da-índia também pode ajudar a combater o mau hálito, por conta do seu aroma marcante e da ação antibacteriana.
Os óleos essenciais de cravo-da-índia são populares e podem trazer benefícios relaxantes. Eles são usados em massagens para aliviar dores musculares e até podem auxiliar na melhora do sono. O eugenol, presente nesses óleos, tem propriedades analgésicas que também podem ser úteis em tratamentos odontológicos.
Outros benefícios: memória, digestão e libido
O Dr. Fernando Lemos ressalta que o uso regular de cravos-da-índia pode contribuir para fortalecer a memória e melhorar a função cognitiva. Isso acontece graças ao efeito antioxidante que protege os neurônios de danos causados por radicais livres.
Outra vantagem é na digestão. Os cravos-da-índia são conhecidos por ativar enzimas que ajudam a reduzir a formação de gases e desconfortos abdominais.
Recentemente, também se observou que essa especiaria atua como um afrodisíaco natural, aumentando a libido, especialmente em pessoas com mais de 50 anos.
Quem deve evitar o consumo?
Apesar de tantos benefícios, há quem precise ter cuidado. Gestantes, lactantes, crianças menores de seis anos e pessoas com gastrite ou úlcera ativa devem evitar o consumo de cravos-da-índia. Para esses grupos, os riscos podem ser maiores do que os benefícios.
Além disso, quem vai passar por cirurgias deve parar de consumir cravos com pelo menos 14 dias de antecedência, já que o eugenol pode dificultar a coagulação do sangue. Isso mostra que, mesmo sendo uma especiaria natural, o uso deve ser responsável.
Os cravos-da-índia, quando usados na quantidade adequada de até quatro unidades ao dia, podem ser aliados valiosos para melhorar a memória, combater fungos, aliviar dores e ajudar na digestão. Por isso, respeitar os limites e as contraindicações é essencial para garantir que seu uso seja seguro e benéfico.