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Cidade brasileira abriga quase metade das maiores fortunas do país

A cidade de São Paulo se firmou como o principal centro econômico do Brasil, atraindo uma quantidade significativa de bilionários e se tornando a sede de grandes corporações. Essa realidade não surgiu do dia para a noite; é resultado de um longo desenvolvimento histórico que posicionou a capital paulista como um verdadeiro ímã de recursos financeiros e talentos.

O domínio paulista entre os bilionários é impressionante. De acordo com a lista da Forbes de 2024, o estado abriga 97 dos 239 bilionários do Brasil, o que representa 40,6% do total. Para se ter uma ideia, a cada cinco bilionários, dois são de São Paulo. Entre os nomes mais ricos está Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, com uma fortuna de R$ 155,97 bilhões. Outras fortunas notáveis, como as das famílias Safra e Moreira Salles, também têm influência significativa, mostrando a diversidade econômica do estado, que abrange setores como finanças, tecnologia e agronegócio.

Em comparação com outras cidades, a liderança de São Paulo se torna ainda mais clara. O Rio de Janeiro, por exemplo, ocupa o segundo lugar com apenas 36 bilionários (15,1%), seguido de perto por Santa Catarina, que tem 34 bilionários (14,2%). Essa concentração de riqueza no Sudeste resulta em uma acumulação que chega a R$ 1,2 trilhão em patrimônio.

O centro das grandes corporações brasileiras

A riqueza acumulada também se reflete no domínio corporativo. São Paulo é indiscutivelmente a sede das maiores empresas do Brasil, com um grande número de bancos e gigantes do varejo como Itaú Unibanco, Banco Bradesco, e Carrefour. A Avenida Brigadeiro Faria Lima é o coração desse poder empresarial, concentrando algumas das principais instituições financeiras do país e criando um ambiente propício para negócios e inovação.

A economia local é robusta e diversificada. No primeiro semestre de 2024, o PIB de São Paulo cresceu 3,3%, impulsionado por setores industriais e de serviços. Esse crescimento atrai mais investimentos, tornando a cidade um lugar cada vez mais atraente para novas empresas e empreendimentos.

Raízes históricas da riqueza

O que explica esse poder econômico? A resposta começa no século XIX, com o boom do café. Essa commodity gerou riqueza que financiou diversas construções e infraestrutura, como as ferrovias que conectavam o interior ao Porto de Santos. Com esse capital, surgiram indústrias e bancos, que ajudaram a moldar a cidade como um polo financeiro desde a década de 1950.

Um ecossistema que incentiva a riqueza

A alta concentração de riquezas é sustentada por uma infraestrutura de excelência. O mercado imobiliário de luxo, por exemplo, teve um crescimento de 40% em 2023, movimentando R$ 15,3 bilhões. Bairros nobres como Jardim Europa e Vila Nova Conceição têm imóveis que chegam a custar R$ 7,8 milhões e R$ 5,81 milhões, respectivamente.

Um elemento importante desse cenário é o São Paulo Catarina Aeroporto Executivo Internacional, o primeiro do Brasil dedicado apenas à aviação executiva, proporcionando conforto e eficiência para os mais ricos. Em 2024, os movimentos no aeroporto aumentaram 41,1%, mostrando a crescente demanda por esse tipo de serviço.

Desafios sociais em meio à prosperidade

Porém, nem tudo são flores. Apesar do dinamismo econômico, viver em São Paulo não é fácil. De acordo com a pesquisa Mercer 2024, a cidade é a mais cara do Brasil, ocupando a 124ª posição no ranking mundial de custo de vida. Essa situação acaba impactando a qualidade de vida de muitos.

Este cenário é marcado por grandes contrastes. Enquanto alguns acumulam fortunas bilionárias, muitos enfrentam desafios sociais significativos. Apesar da crescente riqueza, há sinais positivos: a renda domiciliar per capita atingiu um recorde de R$ 2.588 e o índice de Gini, que mede a desigualdade, tem mostrado melhorias. É um reflexo de que, embora a economia esteja se fortalecendo, a desigualdade ainda é um desafio que merece atenção.

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