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Homem sofre AVC ao vivo durante palestra e choca espectadores

Um momento impactante durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte trouxe à tona a gravidade de um problema de saúde muito sério: o acidente vascular cerebral, ou AVC. Enquanto falava sobre políticas de saúde, o presidente do Conselho Estadual, Francisco Canindé dos Santos, começou a ter dificuldades para se expressar e notou que um dos braços estava perdendo força. Esses sinais alarmantes foram rapidamente percebidos por quem estava presente, e ele recebeu primeiros socorros no local. O diagnóstico revelou um AVC hemorrágico.

Esse episódio reforça a importância de estarmos atentos aos sinais de alerta do AVC. Essa condição é uma das principais causas de morte e incapacitação, tanto no Brasil quanto no mundo todo. Para lidar com essa emergência, é fundamental reconhecer os sintomas e agir rapidamente.

Quando segundos fazem a diferença

O AVC acontece quando os vasos sanguíneos que levam sangue ao cérebro ficam bloqueados ou se rompem, o que interrompe a circulação. Na verdade, cerca de 85% dos casos são do tipo isquêmico, causado por um coágulo que bloqueia uma artéria. Por outro lado, o AVC hemorrágico, que é menos comum, ocorre quando um vaso sanguíneo se rompe, causando sangramento e, geralmente, um quadro mais grave.

Os principais fatores de risco incluem hipertensão, diabetes, colesterol alto, falta de atividade física e um histórico familiar. Fique atento a sintomas como dificuldade repentina para falar, perda de força em um dos lados do corpo, alterações na visão, dores de cabeça intensas e desequilíbrio. Uma forma fácil de identificar esses sinais é a técnica conhecida como SAMU: peça à pessoa para Sorrir, tente Abraçar (observar se há fraqueza em um dos lados), peça que ela cante ou repita uma frase (Música) e, por fim, em caso de alterações, acione ajuda médica imediatamente (Urgência).

Histórias de sobrevivência e superação

Casos como o de Canindé não são raros. A apresentadora Nani Venâncio, por exemplo, teve dois AVCs e uma trombose cerebral hemorrágica após dar à luz. Ela passou por um longo tratamento, inclusive em UTI e coma. Com dedicação, conseguiu recuperar 90% da visão e hoje fala sobre a importância de prestar atenção aos sinais que o corpo manda.

Outro exemplo é o de Adriana, que sofreu um AVC aos 32 anos, após semanas de tontura e enjoos, sintomas que inicialmente foram confundidos com uma gravidez. Ela sobreviveu após uma cirurgia delicada, mas precisou reaprender a andar e ainda faz fisioterapia regularmente para cuidar da saúde.

Essas histórias mostram que o AVC pode atingir pessoas de qualquer idade e requer atenção imediata. Dados da Sociedade Brasileira de AVC indicam que, desde 2019, a doença tem causado mais mortes do que infarto no Brasil. Em 2024, foram registradas 85.065 mortes, superando as 77.477 causadas por ataques cardíacos.

Prevenção e cuidado contínuo

Apesar de ser uma condição grave, muitas vezes o AVC é prevenível. Os médicos recomendam que as pessoas façam exames regulares, mantenham sob controle diabetes e hipertensão, reduzam a ingestão de sal, gorduras e álcool e façam atividades físicas regularmente.

Embora a história de Canindé tenha terminado em luto após quatro dias de internação, seu caso serve como um alerta para a sociedade. Reconhecer os sintomas, agir rapidamente e investir em prevenção pode fazer toda a diferença na luta contra essa doença que impacta tantas vidas.

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