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Vulcão de 590 metros intriga turistas em cidade do interior do Brasil

No coração da Caatinga, um vulcão chamado Pico do Cabugi encanta a todos que passam pela região de Angicos, no Rio Grande do Norte. Essa formação é parte do Parque Ecológico Estadual do Cabugi, que foi criado para proteger essa beleza natural. Com 590 metros de altura, o Cabugi se destaca na paisagem, chamando a atenção dos motoristas que trafegam pela BR-304.

Esse parque é administrado pelo Idema-RN, que tem a missão de preservar as características especiais do Cabugi e de toda a área ao redor. O órgão também orienta que quem visita o parque siga algumas regras para garantir a conservação dos recursos naturais.

Nos últimos meses, o pico tem sido bastante procurado por turistas, principalmente pela sua fama de “vulcão extinto” e pelas histórias que cercam sua importância durante as grandes navegações. O interesse está crescendo, impulsionado por guias turísticos e reportagens que falam sobre o geoturismo na área.

É “vulcão” mesmo? O que diz a geologia que intriga turistas e pesquisadores

O Cabugi apresenta-se como um neck subvulcânico, ou seja, uma estrutura geológica que é resultado da atividade vulcânica antiga, mas que não está mais em erupção. A composição das rochas é de basanitos e olivina-basaltos, formadas há cerca de 19,7 milhões de anos. Em resumo, é uma formação com uma aparência de cone, mas sem atividade eruptiva atualmente.

Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil e outros especialistas têm estudado o Cabugi, detalhando sua história e características. Esses estudos são importantes para separar fatos científicos de mitos populares, como a antiga confusão com o “vulcão de Nova Iguaçu”, que foi desconsiderado por muitos geólogos.

Visitação, trilhas e segurança: turismo responsável no Parque do Cabugi

Quem quer explorar o Pico do Cabugi deve lembrar que está em uma unidade de conservação e seguir práticas de turismo sustentável. O Idema-RN fornece informações úteis sobre o parque e recomenda que os visitantes ajam de maneira responsável. Nos últimos anos, algumas melhorias, como um ecoposto e fiscalização, começaram a fazer parte da experiência, embora a infraestrutura ainda dependa de investimentos.

É fundamental levar água, se proteger do sol e respeitar tanto a vegetation quanto a fauna nativa da Caatinga. Estudos apontam que, além da beleza, a proximidade de uma estrada asfaltada aumenta a demanda turística, mas também a vulnerabilidade ambiental do lugar. Assim, planejar a visita com antecedência, checando a previsão do tempo e, se possível, contratar guias locais são passos importantes.

A estrada principal para acessar o Cabugi é a BR-304, que liga Natal a Angicos. Antes de sair, é bom dar uma conferida com prestadores locais para confirmar os melhores pontos de entrada, já que a sinalização pode mudar.

Curiosidades e debates históricos: Cabugi entra na conversa sobre o “achamento” do Brasil

Além de ser uma atração geológica, o Cabugi também chamou atenção por uma hipótese historiográfica que sugere que ele seria o “Monte Pascoal” mencionado nas descrições do século 16, sendo parte importante do histórico “achamento” do Brasil. Embora essa ideia não seja amplamente aceita, ela gera acalorados debates entre historiadores e jornalistas e adiciona um charme extra às visitas.

A discussão sobre o Cabugi, embora não altere os fatos históricos tradicionais que já conhecemos, enriquece a experiência turística e nos lembra da importância de preservar esse belíssimo marco geográfico e geológico do Rio Grande do Norte.

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