Vacina para bebês deve ser desenvolvida no Brasil contra doença específica

Segundo um anúncio do Ministério da Saúde, nesta quarta-feira (10), o Instituto Butantan e a Pfizer estão se juntando para uma missão bem importante: combater doenças respiratórias graves em bebês.
As duas instituições estão focadas em desenvolver uma vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), que é responsável por algumas complicações sérias, como a bronquiolite e a pneumonia.
Anualmente, cerca de 20 mil bebês no Brasil acabam sendo hospitalizados por causa dessas doenças. Com a nova vacina, a expectativa é não só reduzir esses números, mas também proteger milhões de recém-nascidos. Estima-se que 1,8 milhão de doses da vacina estarão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) até o final do ano, com distribuição prevista para novembro.
A vacinação começará com gestantes a partir da 28ª semana de gestação. Isso é fundamental, pois vai permitir que os anticorpos maternos sejam transferidos para os bebês, garantindo uma proteção nos primeiros meses de vida, que é quando eles estão mais vulneráveis a essas doenças.
Não há riscos
Informações do portal g1 revelam que a vacina brasileira contra o VSR é elaborada com vírus inativado, ou seja, não contém o agente vivo. Conforme explicou o infectologista e professor da UERJ, Marcos Lago, isso significa que ela oferece uma proteção rápida e eficaz, com baixo risco de efeitos colaterais. Além disso, a Sociedade Brasileira de Imunizações reforça que o imunizante é seguro para as gestantes.
Chegada da vacina em um momento crítico
Dados da Fiocruz, através do boletim InfoGripe, mostram que, no início deste mês, houve um aumento de 52% nos casos de VSR em crianças de até 2 anos em comparação ao ano anterior, com mais de 33 mil novos diagnósticos.
Em estados como o Amazonas, a situação continua preocupante. No entanto, acredita-se que a chegada dessa vacina poderá mudar significativamente o cenário nos próximos anos.