Polícia Federal desmantela esquema fraudulento em concursos

A Polícia Federal (PF) desencadeou, nesta quinta-feira, 2 de outubro de 2025, a chamada Operação Última Fase. O objetivo? Desmantelar uma organização criminosa que está sendo investigada por fraudes em concursos públicos em todo o Brasil.
Essa operação se concentra nas irregularidades relacionadas ao Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) de 2024, também conhecido como o “Enem dos Concursos”. Além do CPNU, estão sendo analisadas seleções da Polícia Civil de Pernambuco e Alagoas, da UFPB, da Caixa e do Banco do Brasil. A PF cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, além de três prisões preventivas em estados como Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
De acordo com a PF, alguns dos investigados já foram retirados dos processos seletivos e afastados de qualquer cargo que ocupavam. Eles podem enfrentar acusações gravíssimas, como fraude em concurso, lavagem de dinheiro, organização criminosa e falsificação de documentos públicos.
O que é a Operação Última Fase e quem é alvo
A Operação Última Fase é uma iniciativa da PF que reúne equipes para acabar com um esquema de fraudes em concursos públicos, atuando em nível nacional. O foco da investigação abrange três estados do Nordeste e busca evidências que provem a atuação coordenada da quadrilha em certames tanto federais quanto estaduais. A Justiça já autorizou os mandados de busca e as prisões.
O escopo da operação inclui o CPNU 2024 e as seleções das Polícias Civis de Pernambuco e Alagoas, além da UFPB, da Caixa e do Banco do Brasil. A investigação sugere que alguns candidatos teriam conseguido vantagens indevidas, prejudicando a credibilidade e a lisura dos concursos. Como precaução, bens dos investigados foram confiscados.
A PF destacou que os envolvidos foram excluídos dos processos e afastados de funções publicamente ocupadas. As acusações podem ter consequências severas, incluindo prisões por fraudes e associação criminosa. E conforme as investigações avançam, novas ações podem acontecer.
CPNU 2 no domingo: segurança reforçada e cronograma mantido
Apesar da operação, o Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) garantiu que a prova objetiva do CPNU 2 está mantida para este domingo, 5 de outubro. Para isso, a fiscalização será intensificada com novas medidas de controle. Os candidatos são orientados a seguir as diretrizes do edital e a reportar qualquer irregularidade aos órgãos responsáveis.
Em uma nota à imprensa, o governo classificou os problemas no CPNU 2024 como uma “fraude pontual”. Para a nova edição, protocolos de segurança foram ampliados com o intuito de garantir a transparência e a integridade do processo seletivo, evitando novas fraudes.
O CPNU 2 contará com 3.652 vagas em 32 órgãos diferentes, organizadas de forma unificada pelo MGI e com execução pela ENAP. As etapas ocorrerão em outubro e dezembro, buscando facilitar a seleção e reduzir custos tanto para o governo quanto para os candidatos.
Quais concursos apareceram nas investigações
As investigações da PF apontam suspeitas envolvendo não só o CPNU 2024, mas também concursos das Polícias Civis de Pernambuco e Alagoas. Universidades e bancos públicos, como a UFPB, a Caixa e o Banco do Brasil, também estão no radar da operação. Como medida cautelar, algumas ações atingiram os investigados e seus vínculos funcionais.
Relatos da mídia local indicam que a PF cumpriu mandados em várias cidades da Paraíba, e ao menos uma prisão foi registrada, revelando a extensão do esquema investigado. As autoridades ainda não divulgaram detalhes sobre como as fraudes eram realizadas.
A cobertura na imprensa nacional reforçou os 12 mandados de busca e as 3 prisões preventivas, evidenciando a dimensão Interestadual da investigação e o apoio do MGI e do MPF.
Entenda o “Enem dos Concursos” e por que ele virou alvo
O CPNU foi criado com a intenção de unificar as vagas federais através de um único processo, criando uma logística que atende a escala nacional. O apelido “Enem dos Concursos” destaca a grandiosidade do exame, que reúne milhares de candidatos e precisa de rigorosas cadeias de segurança.
Na edição de 2024, as fraudes sendo investigadas são consideradas pontuais, enquanto o governo se prepara para o CPNU 2, que promete trazer novas salvaguardas. A meta é tornar o processo mais auditável e previsível, com rotinas adicionais para verificação.
Especialistas têm sugerido implementar rastreabilidade nos materiais, além de barreiras tecnológicas para combater fraudes. A urgência por transparência está aumentando, especialmente com o panorama atual das investigações.