Nove países possuem armas nucleares para um possível conflito global

As bombas nucleares sempre geram discussões intensas, e isso não é à toa. Conhecidas pelo seu poder destrutivo, elas podem causar uma devastação imensa, desencadear mortes e provocar sérios danos ao meio ambiente. Além disso, as consequências a longo prazo dessas armas incluem questões de saúde pública, como o surgimento de doenças relacionadas à radiação.
Muita gente argumenta que essas armas podem atuar como um escudo de proteção para os países, dissuadindo ameaças externas. No entanto, também são vistas como um símbolo de poder, influenciando a diplomacia e as relações internacionais de forma significativa. E não é só isso: manter um arsenal nuclear não é barato. A fabricação de uma única bomba envolve um custo alto, e os países que optam por esse caminho precisam manter um robusto programa nuclear para garantir a segurança e a funcionalidade desses armamentos.
Atualmente, apenas nove países estão armados com bombas nucleares, segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo. Cada um deles possui quantidades bem diferentes de ogivas, como podemos observar:
- Rússia: 1718 ogivas ativas, 2591 armazenadas e 1150 aposentadas;
- Estados Unidos: 1770 ogivas ativas, 1930 armazenadas e 1477 aposentadas;
- China: menos de 1000 ogivas ativas e 576 armazenadas;
- França: menos de 10 ogivas, com pouquíssimas na reserva;
- Reino Unido: menos de 1000 ogivas ativas e na reserva;
- Índia: menos de 1000 ogivas armazenadas;
- Paquistão: menos de 1000 ogivas armazenadas;
- Israel: menos de 1000 ogivas armazenadas, embora nunca tenha confirmado oficialmente ter esse arsenal;
- Coreia do Norte: menos de 1000 ogivas armazenadas.
É curioso notar que Israel se destaca por nunca ter admitido a posse de armas nucleares, mas existem várias evidências que sugerem que o país terá um arsenal considerável.
Por que o Brasil não tem bombas nucleares?
O Brasil já esteve perto de se tornar uma potência nuclear em certos momentos da sua história. Contudo, apesar da imagem de poder e soberania associada a essas armas, o país optou por seguir um caminho diferente.
De acordo com especialistas, a decisão de não produzir armas nucleares foi influenciada pela falta de consenso na população e pela ausência de uma ameaça significativa vinda de outros países. O Brasil não possui rivais históricos que coloquem sua segurança em risco iminente.
Consequentemente, em 1998, o Brasil assinou o Tratado de Não Proliferação, comprometendo-se internacionalmente a não fabricar bombas nucleares. Essa decisão reflete uma escolha consciente do país em direção à paz e à estabilidade global. É um exemplo de como a busca por segurança pode ser canalizada para alternativas que promovam a harmonia entre as nações.