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Mineral desconhecido indica a presença de água e oxigênio

Marte, com suas condições desafiadoras, continua a surpreender cientistas a cada nova descoberta. Recentemente, uma equipe de pesquisadores encontrou um mineral curioso que chamou atenção por sua formação singular. O mineral em questão é o hidroxissulfato férrico, que se forma apenas quando sulfatos ferrosos hidratados são aquecidos na presença de oxigênio. Essa revelação adiciona mais um mistério ao planeta vermelho.

A descoberta foi liderada por Janice Bishop, do Instituto SETI e do Centro de Pesquisa Ames da NASA. Os cientistas analisaram dados obtidos por sondas orbitais em áreas próximas ao famoso sistema de cânions Valles Marineris, na região do planalto sobre o Juventae Chasma e na cratera Aram Chaos. Cada um desses locais tem suas particularidades e, segundo a especialista, estudar como esse mineral se forma pode oferecer dicas valiosas sobre os processos de calor, água e reações químicas que modelam a superfície de Marte.

Além desse achado interessante, as pesquisas também mostraram que algumas áreas do planeta continuaram quimicamente e termicamente ativas por mais tempo do que os especialistas achavam. Isso dá novas perspectivas sobre a dinâmica de Marte, despertando esperanças sobre sua capacidade de sustentar vida, mesmo que sob condições extremas.

NASA investe em missões tripuladas para Marte

Pensando no futuro, a NASA se prepara para lançar missões tripuladas ao planeta vermelho na década de 2030. Para isso, a agência dará início à sua segunda missão simulada de um ano, programada para outubro. Essa experiência ocorrerá em um habitat impresso em 3D, localizado no Centro Espacial Johnson, em Houston, Texas.

Durante 12 meses, uma tripulação de quatro pessoas viverá em condições que imitam a vida em Marte. O espaço tem cerca de 150 m² e impõe diversas limitações, como restrições de alimentos e água, e a equipe precisará realizar exercícios diários para que seus corpos se adaptem à gravidade marciana, que é aproximadamente 38% da que temos na Terra.

Um dos desafios interessantes será o atraso de 45 minutos na comunicação com a base de controle, um simulado do que aconteceria entre a Terra e Marte. Essa dinâmica exigirá que a equipe tenha autonomia, já que não contará com respostas imediatas. Com essas iniciativas, a NASA busca aprofundar seu conhecimento sobre o planeta vermelho e tudo que o cerca.

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