Milho sobe com apoio do dólar e B3 avança mais de 2%

Na quarta-feira, dia 9 de outubro, os preços futuros do milho na Bolsa de Chicago apresentaram leve alta. Segundo a análise da Agrinvest, o mercado estava cauteloso antes da divulgação do relatório de Oferta e Demanda Mundial, que será apresentado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na próxima sexta-feira.
Durante essa negociação, os contratos futuros de grãos tiveram movimentações limitadas, com os investidores aguardando novas informações que poderiam influenciar os preços. O The Brock Report destacou que os participantes do mercado estavam atentos ao clima e às políticas tarifárias dos EUA, o que pode impactar suas decisões de investimento.
Além disso, a queda nos preços da soja e do trigo, juntamente com previsões de clima favorável para a agricultura nos Estados Unidos, ajudaram a limitar ganhos maiores nas cotações do milho.
No mercado futuro, o contrato de julho de 2025 foi cotado a US$ 4,12, com uma alta de 1,50 ponto. O contrato de setembro de 2025 teve um valor de US$ 3,99, com aumento de 1,25 ponto, enquanto o contrato de dezembro de 2025 foi negociado a US$ 4,15, também com um ganho de 1,25 ponto. O vencimento de março de 2026 alcançou US$ 4,32, marcando alta de 1,50 ponto. Assim, comparando com o fechamento da terça-feira anterior, os preços subiram 0,36% para julho, 0,31% para setembro, 0,30% para dezembro e 0,35% para março.
No Brasil, a Bolsa Brasileira (B3) também registrou um dia positivo para os preços futuros do milho, com as principais cotações registrando altas superiores a 1%. Esse aumento foi impulsionado pela forte valorização do dólar em relação ao real. No entanto, o mercado físico enfrenta pressões devido a uma safrinha recorde, que avança em colheita, e a um fraco desempenho nas exportações.
Em Assis Chateaubriand, no Paraná, os preços do milho caíram consideravelmente em relação ao início do ciclo de plantio. Muitos produtores conseguiram vender a preços altos apenas no início do ano, sendo que agora poucos conseguiram contratos vantajosos. Segundo Valdemar Melato, presidente do Sindicato Rural Patronal de Assis Chateaubriand, enquanto alguns contratos foram fechados a R$ 61,00, o preço atual está abaixo de R$ 50,00, o que torna impossível para os produtores cobrir seus custos.
Os preços dos contratos futuros na B3 foram os seguintes: o julho de 2025 cotado a R$ 63,00, com alta de 1,37%; o setembro de 2025 a R$ 63,79, com incremento de 2,23%; o novembro de 2025 a R$ 67,73, com alta de 1,8%; e o janeiro de 2026 a R$ 72,31, com aumento de 1,19%.
Ao longo da semana, as variações nos preços da saca de milho no mercado físico foram modestas, com algumas valorização registradas em Sorriso, Mato Grosso, enquanto o Porto de Santos, em São Paulo, observou uma queda nos valores.