Maior rio do mundo em 2025: Nilo ou Amazonas? Entenda o debate

Em 2025, a discussão sobre qual é o maior rio do mundo ainda está em alta. De um lado, temos o tradicional Rio Nilo, que muitos reconhecem como o campeão. Do outro, aparece o Rio Amazonas, que novos estudos indicam ter uma extensão maior do que se imaginava. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) aponta que o Amazonas atinge até 6.992,06 km, superando o Nilo em 140 km. Mas esse debate não tem chegado a um consenso.
Enquanto o Guinness World Records ainda atribui o título de mais longo ao Nilo, a Enciclopédia Britânica e o Serviço Geológico dos EUA (USGS) continuam firmes no mesmo entendimento. A incerteza em torno de onde se origina o Amazonas, especialmente nas montanhas do Peru, complica a questão. Esse fator é crucial para determinar as medições exatas.
O Rio Amazonas: o gigante da água
Independentemente da polêmica sobre a extensão, há um título que é indiscutível: o Rio Amazonas é o maior em volume de água. Ele possui uma vazão média impressionante de 210 mil metros cúbicos por segundo, despejando cerca de 20% da água fluvial do planeta no Oceano Atlântico. Sua bacia hidrográfica é a maior do mundo, atravessando países como Peru, Colômbia e Brasil, e sustenta uma biodiversidade única que é fundamental para o equilíbrio climático global.
Pesquisas recentes do INPE sugerem que a verdadeira nascente do Amazonas pode estar na quebrada Apacheta, na base do Nevado Quehuisha, no Peru. Essa descoberta notable muda bastante os cálculos de seu comprimento, enquanto outros estudos ainda usam a medida de 6.400 km, deixando a questão em aberto.
O Rio Nilo: o rio que moldou civilizações
O Rio Nilo, com cerca de 6.650 km de extensão, é sem dúvida o mais famoso curso d’água da África. Ele nasce no Lago Vitória e corre por países como Uganda, Sudão e Egito, desaguando no Mar Mediterrâneo. Durante séculos, foi o berço de uma das civilizações mais influentes da humanidade: o Egito Antigo.
Além de seu papel histórico, o Nilo é crucial para a agricultura, o abastecimento de água e o transporte em uma das regiões mais secas do mundo. Aliás, o curso do Nilo é tão impactante que define fronteiras e sustenta milhões de pessoas, influenciando a geopolítica africana até hoje.
Por que ainda não existe um consenso em 2025?
As diferenças nas medições que geram a polêmica têm a ver com métodos utilizados. A extensão de um rio depende, principalmente, de como se define a sua nascente e qual é o percurso mais longo. No caso do Amazonas, essa nascente no Peru apresenta várias possibilidades, o que afeta diretamente o cálculo do seu comprimento.
Além disso, os avanços em tecnologias de mapeamento por satélite têm transformado a maneira como cientistas estudam as características geográficas dos rios. Isso resultou em novas interpretações de dados antigos e também novas expedições. Fatores como erosão, desmatamento e construção de barragens podem modificar os cursos dos rios e, consequentemente, suas medições.
O que isso significa para o planeta?
Mais do que uma simples disputa por números, essa conversa sobre o Amazonas e o Nilo revela a importância dos rios para o meio ambiente e para a história da humanidade. O Amazonas desempenha um papel crucial no clima global, influenciando chuvas até mesmo em regiões como o Sul do Brasil e o norte da Argentina. Por outro lado, o Nilo é visto como o “rio da vida” para milhões de pessoas na África.
Entretanto, ambos enfrentam desafios ambientais cada vez mais preocupantes. O desmatamento na Amazônia e a construção de barragens no Nilo, assim como a poluição urbana, colocam em risco a saúde desses ecossistemas. Esse debate sobre a extensão dos rios também chama a atenção para a necessidade de cuidarmos e preservarmos esses gigantes da natureza.
Com os últimos dados do INPE, o Amazonas aparece como o rio mais extenso. No entanto, para várias instituições internacionais, o Nilo ainda ocupa a primeira posição. Uma coisa é certa: tanto o Amazonas quanto o Nilo são essenciais para o planeta e, ao mesmo tempo, fazem parte da nossa história e cultura.