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Hábito dos brasileiros pode elevar em 50% risco de infarto e AVC

Um estudo recente trouxe à tona dados preocupantes sobre os riscos do sedentarismo para a saúde do coração. Pesquisadores chineses analisaram mais de 100 mil adultos de 20 países ao longo de dez anos e os resultados são alarmantes.

Os participantes relataram suas atividades diárias e foi constatado que passar mais de oito horas por dia sentado pode elevar em 50% o risco de infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs) em comparação com aqueles que se mantêm mais ativos durante o dia.

Ao longo do estudo, ocorreram 6.233 mortes, além de 2.349 infartos e 2.966 derrames entre os analisados. Os números não só revelam a vulnerabilidade de uma parte da população, mas também levantam preocupações sérias sobre a inatividade física.

O impacto do sedentarismo na saúde cardiovascular

Outra descoberta significativa foi que estar sentado por oito horas diárias aumenta em 20% o risco de infartos em relação a quem passa menos tempo nessa posição. Os riscos não param por aí: a inatividade pode levar ao desenvolvimento de hipertensão arterial, obesidade e colesterol elevado. Esses fatores são amplamente reconhecidos por contribuírem para doenças cardíacas e se tornam ainda mais graves quando associados ao sedentarismo.

A situação se torna ainda mais séria ao compararmos o sedentarismo ao tabagismo. O estudo revelou que 8,8% das mortes e 5,8% dos casos de doenças cardíacas são atribuídos ao comportamento sedentário, números que se assemelham aos danos causados pelo uso de tabaco.

Dicas para combater o sedentarismo

Uma das melhores formas de reduzir os riscos associados à inatividade é incorporar exercícios físicos regulares à rotina. Participantes que praticam entre 150 a 300 minutos de atividades aeróbicas por semana conseguem diminuir significativamente as chances de desenvolver doenças cardíacas.

Optar por atividades como caminhados, ciclismo ou esportes coletivos é uma excelente escolha. Além disso, pequenas ações do dia a dia podem fazer a diferença. Levantar para alongar, escolher as escadas em vez do elevador ou fazer pequenas caminhadas no decorrer do dia são práticas simples, mas extremamente eficazes para a saúde do coração.

Esse assunto se torna ainda mais relevante considerando que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo. A pandemia de COVID-19 acentuou a situação, já que o tempo extra sentado devido ao trabalho remoto aumentou os riscos que discutimos. Ao adotar um estilo de vida mais ativo, conseguimos mitigar os efeitos do sedentarismo a longo prazo.

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