Funcionário demitido envia cobras vivas aos antigos chefes

Um ex-diretor de um banco francês está no centro de uma história bizarra que ganhou os noticiários. O homem, que foi demitido em 2021, foi julgado recentemente por ter enviado cobras vivas para quatro executivos da instituição. Os acontecimentos se desenrolaram entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, e ele foi chamado à Justiça apenas neste ano.
O caso é dos mais estranhos. Durante a investigação, ficou claro que o ex-diretor comprou os animais em uma loja e, para não ser reconhecido, usou uma peruca enquanto aparecia em câmeras de segurança do local. Ele emitiu um ar de mistério, indo à loja de carro, e as câmeras capturaram tudo.
Quando a polícia fez uma busca em sua casa, encontrou a mesma peruca usada nas filmagens. Além disso, eles apreenderam anotações com os endereços das vítimas, o que deixou tudo ainda mais curioso. Ele acabou não negando, mas deu uma justificativa estranha. Disse que não lembrava bem do que havia feito, alegando que estava lidando com problemas de saúde e pessoais. Ele citou até ter ido à casa de um vizinho apenas de cueca e chinelos em um dia do início de janeiro.
### Cobras Vivas Enviadas Pelo Correio
Durante o julgamento, o tribunal ficou surpreso ao saber que as cobras estavam vivas dentro dos envelopes. O ex-diretor havia se preocupado em alimentá-las com insetos e, para garantir que elas respirassem, perfurou os envelopes. Um dos répteis até conseguiu escapar na delegacia, criando uma cena inusitada e um tanto caótica.
O réu expressou arrependimento em relação ao que fez. “Que vergonha de ter feito isso. Era rancor, não raiva”, disse ele, tentando explicar seu comportamento. Seu laudo psiquiátrico confirmou que ele passou por uma alteração de discernimento no momento dos eventos.
### Condenação e Indenização
Por outro lado, uma das vítimas não se convenceu do arrependimento do ex-diretor. “O homem que conhecemos não é uma boa pessoa. Imagine o choque de abrir um envelope com uma cobra viva dentro”, declarou, com razão, gerando um clima tenso no tribunal.
O Ministério Público pediu uma pena de seis meses de prisão com sursis. A defesa, por sua vez, alegou que o réu tem medo de cobras e pediu a dispensa da pena. No fim, o tribunal decidiu aplicar a pena solicitada e, considerando a situação mental do acusado, determinou também uma indenização para as vítimas. “Levamos em conta sua alteração de discernimento. As cobras estão mortas”, concluiu o juiz, fechando um capítulo inusitado na história dessa estranha retaliação.



