Cientistas surpreendidos por objeto gigante de 11 quilômetros

Desde o começo do mês, cientistas de várias instituições espaciais ao redor do mundo estão de olho em um visitante inesperado. Estamos falando do cometa 3I/ATLAS, que se tornou o terceiro objeto de origem interestelar a ser detectado atravessando o Sistema Solar. Esse cometa está seguindo seu caminho em direção ao sol e está chamando a atenção de pesquisadores.
Um dos pontos mais interessantes é que várias pesquisas estão acontecendo sobre esse cometa, e uma das mais recentes trouxe à tona o verdadeiro tamanho do 3I/ATLAS. Até então, sabíamos que a coma do cometa — aquela nuvenzinha de poeira, gelo e gás que envolve seu núcleo — poderia chegar a 24 quilômetros de largura. Mas novas imagens, tiradas pelo Observatório Vera C. Rubin, que fica nos Andes chilenos, revelaram que o núcleo do cometa tem um diâmetro de aproximadamente 11,2 quilômetros. Para se ter uma ideia, o telescópio detectou um raio de cerca de 5,6 quilômetros.
3I/ATLAS bate recordes
Com essa descoberta, o 3I/ATLAS superou outros dois astros conhecidos: o asteroide ‘Oumuamua e o cometa 2I/Borisov. Esses dois objetos costumavam ser os únicos visitantes interestelares confirmados. O ‘Oumuamua, que foi observado em 2017, tinha cerca de 0,4 quilômetros de largura, enquanto o Borisov, descoberto em 2019, teve seu núcleo estimado em 1 quilômetro.
Além disso, outra característica interessante do 3I/ATLAS é a sua elevada excentricidade orbital, que está estimada em cerca de 6. Isso também destaca esse objeto em relação aos outros que já visitaram nosso sistema.
Sem perigos à vista
Apesar de ser um cometa enorme, o 3I/ATLAS não oferece riscos para a Terra ou para outros astros do Sistema Solar. A sua passagem está ocorrendo a uma boa distância, então não há motivos para preocupação.
Instituições especializadas dedicadas à observação espacial continuam seguindo de perto o cometa. A previsão é que ele se aproxime da Terra no dia 19 de dezembro, mas vai ficar a uma distância segura de pelo menos 1,6 unidades astronômicas — o que é bastante seguro, se considerarmos a vastidão do espaço.