Churrasco em excesso: é prejudicial à saúde?

No dia 20 de setembro, o povo gaúcho faz um grande churrasco para celebrar a Revolução Farroupilha, um evento histórico que rolou lá em 1835, no Rio Grande do Sul. Essa data é super importante para eles, e a tradição se espalhou pelo Brasil, com famílias se reunindo para fazer um bom churrasco em feriados e finais de semana.
Mas, mesmo com toda essa festa e sabor, é bom ficar atento ao que pode acontecer durante o preparo da carne. A temperatura alta da brasa pode gerar alguns compostos que são prejudiciais à saúde.
O que pode acontecer
Quando a carne é exposta ao calor intenso, ela pode liberar hidrocarbonetos, substâncias ligadas ao desenvolvimento de câncer. Isso ocorre principalmente pela fumaça que se forma na brasa. A gordura das carnes que pinga no fogo contribui, e essas partículas acabam sendo inaladas ou consumidas. Outro vilão são as aminas heterocíclicas, que se formam a partir de aminoácidos e açúcares presentes na carne.
Quando a carne fica com aquela casquinha crocante, ela libera compostos que podem até modificar o DNA, aumentando o risco de câncer. E quanto mais tempo a carne passa no fogo, maior é a concentração dessas substâncias.
Se você optar por cortes menores, eles tendem a ser menos prejudiciais. E para evitar problemas com carnes grandes, uma dica é pré-cozer na panela de pressão. Cobrir a carne com papel alumínio também ajuda, protegendo-a da fumaça. Ah, e não esqueça de retirar o excesso de gordura!
Uma boa marinada pode fazer maravilhas: usar vinho, cerveja, suco de laranja ou limão, junto com ervas, alho e cebola, não só reduz as aminas heterocíclicas, como deixa a carne mais saborosa e macia. Deixe marinando por cerca de 30 minutos a um dia.
Além disso, adicionar vegetais à sua grelha não só traz mais nutrientes, como também sabor e cor à refeição. Esses vegetais têm antioxidantes que ajudam a reduzir a presença de hidrocarbonetos e aminas, promovendo um churrasco mais saudável.