Surto de bactéria que consome carne gera preocupação entre especialistas

Um estudo recente do hospital Shrewsbury and Telford, que faz parte do sistema público de saúde da Inglaterra, levantou preocupações sobre um possível surto de fasciíte necrosante. Essa doença é alarmante porque está ligada a bactéria, como E. coli, Klebsiella, Staphylococcus e Streptococcus do grupo A, e pode provocar uma degradação severa dos tecidos corporais, como pele e músculos, quase como se estivessem sendo "devorados".
Nos últimos diagnósticos, três mulheres apresentaram a presença dessas bactérias na região genital, elevando o total de casos para 20 entre 2022 e 2024. Essa situação não é exclusiva da Europa; os Estados Unidos também relataram um aumento nas infecções, segundo informações do site Live Science.
A fasciíte necrosante ataca principalmente a fáscia, que é o tecido conjuntivo que envolve músculos, nervos, gordura e vasos sanguíneos, e se espalha rapidamente pelo corpo. Se não for tratada a tempo, a doença pode resultar em óbito em pouco tempo.
Sintomas da fasciíte necrosante: como identificar a presença da bactéria?
Identificar a fasciíte necrosante pode ser desafiador, já que ela pode ser gerada por diferentes tipos de bactérias e afetar várias partes do corpo. Os sintomas mais frequentes incluem:
- Vermelhidão;
- Dor;
- Sensibilidade e inchaço na região genital ou períneo;
- Febre;
- Forte odor nas áreas afetadas;
- Mal-estar;
- Lesões que podem escurecer e se espalhar;
- Anemia;
- Taquicardia;
- Pressão baixa.
É importante ressaltar que diversos fatores podem desencadear a doença, como perfurações mal feitas, infecções, picadas de insetos e até a falta de higiene.
Por isso, é essencial adotar cuidados simples, como limpar corretamente pequenas lesões e evitar a exposição a ambientes contaminados, que podem fazer uma enorme diferença na prevenção. Ao perceber um ou mais dos sintomas, procurar um médico imediatamente é fundamental. A fasciíte necrosante requer atenção rápida para evitar complicações graves.