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Balanço do Bradesco no 2º trimestre: o que esperar após Santander?

A temporada de resultados do segundo trimestre de 2025 começou com a divulgação do balanço do Santander na manhã desta quarta-feira. Os resultados foram considerados insatisfatórios por analistas e investidores, o que provocou oscilações nas ações do banco.

Para os investidores, a expectativa é maior em relação ao Bradesco, que deve divulgar seu desempenho após o fechamento do mercado nesta quarta. O banco, segundo análises do JP Morgan, deve apresentar um trimestre positivo. A instituição prevê um aumento no retorno sobre patrimônio líquido (ROE) e um crescimento em sua carteira de crédito, com foco em linhas de crédito mais seguras e uma boa qualidade de ativos. A previsão é de um lucro em torno de R$ 6 bilhões e um ROE de 14,5%.

Ainda que o Itaú seja o favorito entre os investidores, o Goldman Sachs acredita que o Bradesco se manterá em segundo lugar entre os grandes bancos. A previsão é de um lucro também de R$ 6 bilhões, representando um aumento de 3% em relação ao trimestre anterior e de 28% em comparação ao mesmo período do ano passado, com um ROE de 14,4%.

A XP Investimentos também projeta um desempenho sólido para o Bradesco, apesar de uma leve expectativa de aumento na inadimplência, que pode crescer em cerca de 0,1 ponto percentual, elevando o custo do risco para 3,2%. Esse nível ainda é considerado saudável para o banco.

Em relação à carteira de crédito, espera-se uma desaceleração no crescimento, passando de 12,9% no primeiro trimestre para 12% no segundo, aproximando-se da meta do banco para 2025, que varia entre 4% e 8%.

As projeções indicam um forte crescimento na margem financeira com clientes, que deve superar dois dígitos, beneficiada pela redução nos custos de captação. No entanto, a margem financeira de mercado, que contribuiu com R$ 462 milhões no primeiro trimestre, deve ficar perto de zero devido à pressão das altas taxas de juros. Apesar disso, a margem financeira líquida, descontadas as provisões, deve melhorar, subindo de R$ 9,6 bilhões no primeiro trimestre para R$ 10 bilhões no segundo.

As previsões médias de analistas para o Bradesco incluem um lucro líquido de R$ 5,945 bilhões, uma receita de R$ 32 bilhões e dividendos por ação estimados em R$ 0,31.

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