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China aumenta produção de navios de assalto anfíbio e porta-helicópteros

Um sinal bem claro das ambições militares da China está sendo revelado em seus estaleiros: o país está acelerando a produção de navios de assalto anfíbio de maneira impressionante. Esse investimento pesado em uma frota capaz de invadir áreas pelo mar é uma parte crucial da modernização da marinha chinesa, que já é a maior do mundo em número de embarcações. Além disso, essa estratégia pode indicar preparativos para possíveis conflitos na região do Indo-Pacífico.

A nova força-tarefa anfíbia da China tem o objetivo de aumentar sua capacidade de projeção de poder sobre áreas disputadas, como as ilhas do Mar do Sul da China e, especialmente, Taiwan. O desenvolvimento de navios modernos e de alta capacidade é visto por analistas como um avanço essencial para viabilizar uma invasão em larga escala, o que gera bastante preocupação entre os Estados Unidos e seus aliados na região.

Porta-helicópteros e “Hovercrafts” gigantes

A estratégia chinesa combina navios-mãe com embarcações de desembarque ágeis e potentes. Duas partes essenciais dessa estratégia incluem:

Navios de assalto anfíbio Tipo 075: São verdadeiros colossos, com um deslocamento de 40.000 toneladas. Esses porta-helicópteros servem como bases flutuantes para invasões. Cada um pode transportar até 800 fuzileiros navais, 60 veículos blindados e operar 28 helicópteros de ataque e transporte, permitindo um ataque coordenado tanto por terra quanto pelo mar.

Embarcações de desembarque Tipo 726: Conhecidos como LCACs (Landing Craft Air Cushion), esses “hovercrafts” são projetados para operar a partir do Tipo 075. Eles são a vanguarda de qualquer invasão, sendo capazes de transportar rapidamente tropas e equipamentos pesados da frota até a praia. Um Tipo 726 pode carregar até 60 toneladas, o que equivale a um tanque de guerra pesado, e tem velocidades de 55 nós (mais de 100 km/h), superando seus equivalentes americanos em performance.

A conquista de Taiwan

A razão por trás da aceleração na produção de navios de assalto anfíbio é bastante clara: Taiwan. A China considera a ilha uma província rebelde e não hesita em ameaçar o uso da força para buscar a “reunificação”. Uma invasão anfíbia é vista como a única forma de alcançar esse objetivo, mas vale ressaltar que essa é uma das operações militares mais desafiadoras e arriscadas.

Especialistas em estratégia militar acreditam que a China poderia perder até 60% de sua força de desembarque inicial por conta das defesas taiwanesas. Assim, a capacidade de transportar uma quantidade significativa de tanques, artilharia e tropas em cada embarcação é fundamental para estabelecer uma “cabeça de praia” e aumentar as chances de sucesso nas ondas de ataque posteriores.

Um eco da história e a tensão no Pacífico

Ao investir em uma poderosa frota anfíbia, a China parece estar se inspirando nas operações navais da Segunda Guerra Mundial, quando os Estados Unidos invadiram ilhas fortificadas no Pacífico. A nação asiática está adaptando essas táticas para o século XXI, com tecnologia moderna, visando obter uma vantagem estratégica similar.

Esse movimento não passa despercebido. Japão, Filipinas, Coreia do Sul e, claro, os Estados Unidos percebem essa expansão como uma ameaça direta à estabilidade da região. O fato de a China estar acelerando a produção de navios de assalto anfíbio é visto não apenas como uma modernização, mas também como uma preparação ativa para um possível conflito, impactando profundamente o cenário geopolítico do Pacífico.

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