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Clássico de 1990 é reapresentado no “Vale a Pena Ver de Novo”

A TV Globo anunciou a reprise de Rainha da Sucata, um marco da teledramaturgia brasileira, a partir do dia 3 de novembro, no horário do programa Vale a Pena Ver de Novo. A novela, escrita por Silvio de Abreu e dirigida por Jorge Fernando, foi exibida pela primeira vez em 1990 e se destaca por abordar, com humor e crítica social, a ascensão dos novos-ricos e a decadência da elite de São Paulo.

Esse retorno às telas celebra os 60 anos da TV Globo, trazendo de volta uma trama que se tornou símbolo dos anos 90. A história é protagonizada por Regina Duarte, que interpreta Maria do Carmo, uma mulher determinada, e Glória Menezes, conhecida por seu papel como Laurinha Figueroa, uma vilã sofisticada e vingativa.

Enredo da novela

Ambientada em São Paulo, a novela conta a trajetória de Maria do Carmo Pereira, uma empresária que enriquece através dos negócios de seu pai, Onofre (interpretado por Lima Duarte), que é sucateiro. Apesar de sua origem humilde, ela anseia ser aceita pela alta sociedade da cidade.

A história ganha um novo rumo quando Maria reencontra Edu (vivido por Tony Ramos), um colega de escola que a humilhava e que agora enfrenta dificuldades financeiras com sua tradicional família Albuquerque Figueroa. Maria vê nesse reencontro uma oportunidade de se vingar e ao mesmo tempo ascender socialmente, propondo a Edu um casamento de conveniência: o seu dinheiro em troca da respeitabilidade da família dele.

Ao se mudar para a mansão dos Figueroa, localizada nos Jardins, Maria enfrenta a hostilidade da madrasta de Edu, Laurinha, que nutre uma paixão secreta pelo enteado e transforma a vida da "sucateira" em um verdadeiro tormento. A vilã se tornou uma das personagens mais icônicas da televisão brasileira, com um estilo elegante e uma crueldade que cativou o público.

Além das intrigas familiares, Maria também é traída por Renato Maia (interpretado por Daniel Filho), seu administrador, que a engana em negócios. A novela mistura drama, comédia e crítica social, consolidando Silvio de Abreu como um dos grandes autores da TV nacional.

Impacto Cultural

Rainha da Sucata não se destacou apenas pela audiência, mas se tornou um verdadeiro fenômeno cultural. As roupas extravagantes usadas por Maria, como chapéus, laçarotes e bolsas com alças de corrente, influenciaram a moda feminina da época. Além disso, um dos elementos marcantes era a mesa de escritório da protagonista, feita a partir da dianteira de um Chevrolet 1958, simbolizando suas origens humildes e sua capacidade de transformar o ferro-velho em luxo.

A abertura da novela também se tornou um ícone, apresentando uma boneca de sucata dançando lambada ao som da famosa canção "Me Chama que Eu Vou", de Sidney Magal, que se tornou um hit nacional e ajudou a popularizar a lambada como estilo musical.

Elenco e Produção

A novela contava com um elenco renomado que incluía atores como Aracy Balabanian, Nicette Bruno, Antônio Fagundes, Raul Cortez, Claudia Raia, Renata Sorrah, entre outros. A direção geral foi de Jorge Fernando, com a direção de núcleo sob responsabilidade de Jodele Larcher, enquanto o elenco de roteiristas incluía Alcides Nogueira e José Antonio de Souza.

Com sua mistura de humor ácido e personagens carismáticos, Rainha da Sucata se firmou como uma das produções mais memoráveis da TV brasileira. A reprise promete trazer de volta emoções a uma nova geração de telespectadores, reavivando história e memórias de um período rico da teledramaturgia.

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