Superfungo resistente coloca hospitais e vidas em risco

O Candidozyma auris, conhecido como superfungo, está se espalhando rapidamente pelos hospitais da Europa, chamando a atenção das autoridades de saúde. Recentemente, o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) emitiu um alerta a respeito da situação, que já é motivo de preocupação desde 2013.
Só em 2023, foram registrados 1.346 casos desse superfungo. Isso representa um aumento significativo de 67% em relação ao ano anterior. Esses dados revelam a gravidade do problema e a necessidade urgente de monitoramento e ação.
A preocupação com os novos casos
Desde 2013, mais de 4.000 casos de infecção por esse fungo foram documentados, especialmente na União Europeia. Países como Alemanha, Espanha, Romênia, Itália e Grécia estão na lista dos mais afetados. O superfungo é notoriamente resistente e consegue se proliferar facilmente em ambientes hospitalares. Essa capacidade de resistência é uma preocupação, especialmente para pacientes que já enfrentam outras complicações de saúde, uma vez que a taxa de mortalidade pode chegar a 60%.
A detecção precoce é essencial para conter a propagação dessa infecção. O ECDC recomenda que os pacientes sejam isolados em quartos separados nos hospitais e que haja uma rigorosa higienização dos equipamentos usados na rotina médica. Infelizmente, apenas 17 dos 36 países que participam do monitoramento do ECDC possuem protocolos eficazes para a prevenção e controle do superfungo. Dentre esses, 15 países adotaram medidas necessárias para tentar frear a disseminação.
Detectado pela primeira vez em 2009 no Japão, o Candidozyma auris continua sendo uma preocupação crescente. O ECDC ressalta a importância de ações coordenadas entre os países para fortalecer o combate a esse superfungo. As investigações têm sido frequentes desde 2018, com o intuito de ajudar na orientação de cuidados e práticas de prevenção adequadas.
O cenário é desafiador e exige atenção redobrada. É fundamental que todos — de profissionais de saúde a pacientes — estejam cientes dos riscos e tomem as medidas necessárias para proteger a saúde coletiva.