T-Mobile encerra iniciativas de diversidade e inclusão

T-Mobile descontinua programas de diversidade e inclusão sob pressão do governo dos EUA
A T-Mobile, uma das principais empresas de telecomunicações dos Estados Unidos, anunciou a remoção de seus programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) após a pressão do governo do ex-presidente Donald Trump. A decisão vem em um momento em que a empresa busca a aprovação de dois grandes negócios junto à Comissão Federal de Comunicações (FCC).
Em uma carta enviada à FCC em 8 de julho, a T-Mobile declarou que deixará de lado políticas de DEI "não apenas em nome, mas também na prática". A empresa reconhece que o cenário legal e político em torno das políticas de DEI mudou sob a administração atual.
Como parte dessa mudança, a T-Mobile não terá mais posições ou equipes dedicadas ao DEI e removeu menções a essas iniciativas de seu site e materiais de treinamento. Além disso, a empresa abrirá oportunidades de treinamento e desenvolvimento profissional para todos os funcionários, sem restrições.
Brendan Carr, presidente da FCC, elogiou a decisão, afirmando que é um avanço para a igualdade de oportunidades e não discriminação. Carr, que é membro do Partido Republicano, chegou a ameaçar bloquear aquisições de empresas que mantivessem quaisquer programas de DEI. Em declarações à mídia, ele incentivou as empresas a se afastarem de práticas que considera discriminatórias.
Recentemente, a FCC aprovou a aquisição da Frontier Communications pela Verizon, que também concordou em abandonar seu programa de DEI para conseguir a aprovação. Agora, a T-Mobile busca autorização para adquirir as operações da US Cellular e o provedor de internet Metronet por meio de uma joint venture com o investimento da KKR.
O movimento contra as políticas de DEI ganhou força durante a eleição presidencial de 2024, intensificando-se após a posse de Trump. Isso levou muitas empresas a reavaliarem suas iniciativas de diversidade, especialmente aquelas que dependem de contratos federais e atuam em setores altamente regulados, como o de telecomunicações.
Por outro lado, a FCC também enfrentou críticas. Anna Gomez, comissária da FCC pelo Partido Democrata, descreveu a decisão da T-Mobile como uma capitulação corporativa. Em uma mensagem nas redes sociais, ela afirmou que a empresa está se afastando de seu compromisso real com a promoção da igualdade e da ampliação das vozes sub-representadas.
A T-Mobile, agora, se junta a outras empresas em uma mudança de postura, refletindo a crescente tensão entre o governo e o setor privado em relação às políticas de diversidade e inclusão. A resposta da empresa será observada com atenção, tanto pelos reguladores quanto pelo público.