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Cientistas do Japão desenvolvem carne cultivada em laboratório

Uma carne feita em impressora 3D por cientistas japoneses está chamando a atenção. Eles criaram uma versão artificial do famoso bife Wagyu, considerado um dos cortes mais caros do mundo, com preços que podem chegar a R$ 700,00 o quilo.

Para chegar a essa inovação, os pesquisadores coletaram dois tipos de células-tronco de vacas. Essas células passaram por um processo de modificação em laboratório até se transformarem na carne que conhecemos. O resultado? Um pedaço do tamanho de um grão de feijão que busca replicar a textura e sabor da carne real, incluindo elementos como gordura e músculo.

A produção

A peça desenvolvida tem dimensões bem pequenas, medindo apenas 5 milímetros de diâmetro, 5 de espessura e 10 de comprimento. Após o desenvolvimento, esse “bife” foi resfriado a 4 °C para garantir a forma final. No entanto, ainda não é comestível. Os cientistas estão otimistas e acreditam que, no futuro, será possível produzir carne totalmente viável e saborosa em laboratório.

O mercado de carne de células é bastante promissor, com estimativas que apontam para um potencial de movimentação de 140 bilhões de dólares. Apesar disso, produzir carne dessa maneira ainda é caro, com custos que podem chegar a R$ 10 mil reais por quilo. Empresas como Mosa Meat e Eat Just já estão vendendo carnes cultivadas que receberam aprovação para consumo.

Além disso, várias startups, como Memphis Meats, Aleph Farms, BioTech Foods e SuperMeat, estão competindo nesse mercado em expansão. Em apenas alguns anos, o número de empresas que atuam nesse setor triplicou, passando de poucas para mais de 60 atualmente. Essa busca por alternativas para produzir carne de maneira mais ética e sustentável tem atraído investimentos cada vez maiores.

Embora essa carne cultivada em laboratório tenha vantagens, como a produção mais humana, ainda existem desafios para que essa alternativa se torne uma realidade no dia a dia. O preço elevado é uma barreira considerável para que essa carne chegue às mesas em grande escala. Com os avanços tecnológicos e a aceitação dos consumidores, essa inovação pode se tornar uma opção viável e sustentável no futuro. É um tema que ainda vai dar muito que falar.

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