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Árvore gigante é descoberta no Pará e surpreende cientistas

A árvore mais alta do Brasil foi encontrada em um cantinho remoto da floresta amazônica, no Pará, e isso está despertando a atenção de especialistas e ambientalistas. Essa descoberta aconteceu em 2019, quando uma equipe do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e do Instituto Federal do Amapá (Ifap) se aventurou em uma expedição incrível. Eles percorreram cerca de 400 km por rios e mais de 40 km por trilhas em meio a uma mata fechada e densa.

Essa expedição reveladora resultou em um gigantesco angelim-vermelho, que chega a impressionantes 88,5 metros de altura. Para você ter uma ideia, isso é equivalente a um prédio de 25 andares! Essa árvore monumental está localizada na Floresta Estadual do Paru, na Calha Norte do rio Amazonas.

A descoberta se tornou possível graças ao uso de mapeamento aéreo com sensores a laser, uma técnica desenvolvida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse recurso incrível ajudou a localizar a árvore mesmo entre a vegetação espessa da floresta.

Árvore mais alta do Brasil: Um colosso amazônico que ultrapassa monumentos famosos

Além de ser a maior árvore do Brasil, esse angelim-vermelho é também o maior da América Latina. Você conseguira imaginar? Ela supera a altura do Cristo Redentor, que mede apenas 38 metros, e ainda mais a da Torre de Pisa, que é de 57 metros! A espécie, conhecida como Dinizia excelsa, é nativa da Amazônia e é famosa pela sua madeira resistente e pelo tronco reto, que a tornam bastante cobiçada.

Os especialistas estimam que essa árvore tenha entre 400 e 600 anos. Isso foi determinado analisando os anéis de crescimento da madeira, que revelam a história de vida desse gigante verde.

Floresta do Paru abriga tesouros naturais e enfrenta ameaças

A Floresta Estadual do Paru, onde se encontra essa impressionante árvore, é uma das maiores áreas de proteção da Amazônia. Essa região é considerada um verdadeiro santuário natural, abrigando muitas outras árvores gigantes da mesma espécie. Além disso, ela faz parte do maior bloco contínuo de Unidades de Conservação e Terras Indígenas do mundo.

Porém, nem tudo são flores. A preservação dessa área enfrenta sérios desafios. De 2008 a 2022, foram registrados 74 km² de desmatamento ilegal. Infelizmente, a Floresta do Paru é a terceira unidade de conservação mais desmatada na Amazônia, o que é uma verdade alarmante.

Governo combate ocupações ilegais na área protegida

Parte dessa destruição está ligada ao registro ilegal de propriedades que invade a área protegida. Em 2022, mais de 50 Cadastros Ambientais Rurais (CARs) foram cancelados devido a ações da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), que atua firme no combate ao uso irregular da terra.

Essas áreas afetadas abrangem municípios paraenses como Almeirim, Monte Alegre, Alenquer, Óbidos e Prainha, todos situados na floresta amazônica do Pará. A descoberta da árvore mais alta do Brasil não é apenas um feito científico marcante, mas também um alerta sobre a urgência de proteger as riquezas naturais da Amazônia.

Proteger esse gigante da floresta é um passo crucial para garantir que as futuras gerações possam apreciar a grandiosidade e a biodiversidade dessa região incrível.

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