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A cidade mais abandonada do Brasil e os motivos do desinteresse

Uiramutã é uma cidade localizada em Roraima que, infelizmente, ocupa uma posição indesejada quando se fala em qualidade de vida no Brasil. Recentemente, foram divulgados novos dados do Índice de Progresso Social (IPS), que incluem cerca de 5.570 municípios, e Uiramutã apresentou uma pontuação de apenas 37,63, em uma escala que vai de 0 a 100.

Acesso a serviços básicos é um verdadeiro desafio por lá. Além das dificuldades econômicas, a cidade enfrenta problemas sociais significativos e uma infraestrutura deficiente. Para você ter uma ideia, condições de saúde e educação estão longe do ideal. E o que dizer do lixo? O sistema de coleta e tratamento não funciona como deveria, deixando muitas vezes as ruas e residências em situações complicadas.

### As dificuldades de Uiramutã

A avaliação do IPS leva em conta a oferta de oportunidades e o bem-estar da população, e Uiramutã aparece diante desses critérios com muitos obstáculos. Os moradores enfrentam sérios problemas relacionados à infraestrutura. Muitas casas não têm acesso adequado a saneamento básico e energia elétrica, e isso acaba afetando a sensação de segurança nas ruas, que são mal iluminadas.

Quando falamos de comunicação, a situação não é melhor: tanto o serviço telefônico quanto a internet são precários. Essa falta de conectividade atinge não apenas a vida cotidiana, mas também o acesso a informações essenciais e educação, impactando a economia local.

Geograficamente, Uiramutã está situada na fronteira entre a Guiana e a Venezuela, o que poderia ser uma vantagem, mas acaba fazendo do acesso um desafio ainda maior. Em 2022, durante o Censo, foi revelado que aproximadamente 96,11% da população é composta por indígenas, o que traz uma riqueza cultural imensa, mas também apresenta suas próprias necessidades sociais.

Ainda há a questão da faixa etária, com muitos moradores sendo crianças com menos de 15 anos. E em termos econômicos, o Produto Interno Bruto (PIB) da cidade é um dos mais baixos do país, situando-se abaixo de R$ 10,5 mil por ano. Isso retrata um cenário que exige atenção e ação de políticas públicas para melhorar a qualidade de vida de quem vive em Uiramutã.

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