Toyota registra 4Runner no Brasil como resposta ao Ford Everest

O novo cenário fiscal proposto pelo Governo Federal, impulsionado pelo Programa Carro Sustentável, promete um aumento significativo nos custos para veículos, incluindo aqueles com motorização a diesel e os que não têm eletrificação. Nesse mix, o que chama atenção é o registro do Toyota 4Runner no Brasil, que pode não ser apenas um movimento para proteger a estética do carro contra cópias, mas uma estratégia bem elaborada da marca.
O 4Runner, que fez sua estreia nos Estados Unidos no ano passado, chega com motorização a gasolina e um sistema híbrido leve. Essa combinação pode ajudar o modelo a escapar da nova taxação. Temos ainda a perspectiva de que a Toyota esteja respondendo diretamente ao recém-lançado Ford Everest. Ambos os SUVs, que são baseados em picapes e utilizam chassi de longarinas, têm motores a gasolina. O 4Runner é derivado da Tacoma, uma picape americana que tem um tamanho um pouco maior do que a nossa querida Hilux, e que só é vendida na América do Norte. Já o Everest vem da Ranger e, enquanto já é comercializado na Argentina, há rumores sobre sua produção no país vizinho.
O que o Toyota 4Runner oferece?
Após algumas atualizações ao longo dos anos, o Toyota 4Runner 2025 chega completamente renovado. Revelado nos EUA, ele traz melhorias no quesito off-road e várias inovações tecnológicas. E atenção: agora temos uma versão híbrida pela primeira vez.
O motor I-Force Max combina um propulsor 2.4 turbo a gasolina com um motor elétrico de 48 cv, resultando em uma potência combinada de 330 cv e 64,3 kgfm de torque. Para quem preferir uma opção convencional, o modelo entrega 282 cv e 43,8 kgfm. O câmbio automático de 8 marchas promete uma experiência de condução muito mais dinâmica do que a antiga caixa de 5 marchas.
Só para dar uma ideia, o Ford Everest que está sendo vendido na Argentina vem com um motor 2.3 turbo a gasolina que desenvolve 300 cv e 45,5 kgfm de torque, aliado a uma transmissão automática de 10 marchas e tração 4×4 com caixa de redução.
A base do 4Runner é a robusta plataforma TNGA-F, que sustenta também picapes famosas como a Tacoma e a Tundra, além de outros SUVs como o Land Cruiser Prado e o Sequoia. Isso significa que ele pode operar com tração traseira e também em 4×4, dependendo do modelo.
As versões com tração traseira têm diferencial de deslizamento limitado e as 4×4 contam com uma caixa de transferência de duas velocidades, controlada eletronicamente, além de controle ativo de tração. Olha, quem já passou por terreno difícil sabe o quanto isso pode ajudar! Um detalhe interessante é que o 4Runner possui um novo mecanismo de desconexão da barra estabilizadora, que melhora a articulação em situações off-road. Ele tem ângulo de entrada de 32 graus e ângulo de saída de 24 graus, perfeito para encarar desafios.
Internamente, as versões mais básicas vêm com uma tela sensível ao toque de 8 polegadas e painel digital de 7″, enquanto os modelos premium podem ter telas de até 14″. Um ponto positivo é que todas as versões trazem de série o pacote Safety Sense 3.0 da Toyota, com recursos como frenagem automática de emergência, controle de cruzeiro adaptativo e assistência de faixa, que pode ser muito útil em viagens longas.
Acabou para o SW4?
É um pouco cedo para afirmar isso. O Toyota SW4, com preços variando entre R$ 412.190 e R$ 469.890, ainda é um grande protagonista no mercado, especialmente porque oferece motor a diesel e tração 4×4. O público fiel do SW4 não deve ser subestimado, afinal, ele tem uma plataforma que já está há um bom tempo no mercado, e muitos motoristas adoram essa confiabilidade.
Ainda vamos ver como as montadoras vão se adaptar a essa nova realidade com o IPI. O registro do 4Runner no Brasil pode ser um sinal de que a Toyota está se preparando para qualquer mudança no cenário automotivo.