Notícias

Trading transforma antiga fábrica da Troller em montadora de elétricos

A antiga fábrica que produzia os utilitários Troller agora está passando por uma transformação incrível, com um investimento inicial de R$ 400 milhões. Essa reforma traz uma nova capacidade de montar até 40 mil veículos por ano! O projeto aposta em um conceito inovador de produção flexível, chamado de “lançadeira multimarcas”, onde diferentes modelos de carros poderão ser montados nas mesmas linhas de produção.

A ideia é começar com dois ou três modelos de veículos eletrificados. Para isso, a montagem usará o sistema CKD (Complete Knock Down), que consiste em trabalhar com kits de veículos que são importados. Com o tempo, a Comexport, responsável pela nova operação, planeja nacionalizar essa produção, o que significa aumentar a parceria com fornecedores locais e reduzir a dependência de produtos importados. Essa estratégia tem tudo para aquecer a economia local.

Montadora sem marca revelada e polo inédito no Nordeste

Por enquanto, o nome da primeira montadora parceira da Comexport é um mistério. A única informação confirmada é que se trata de uma marca bastante popular entre os brasileiros. A expectativa é que o contrato seja oficialmente anunciado ainda neste semestre, o que já gera uma certa expectativa!

A Comexport não quer se limitar apenas à montagem de veículos. A ideia é também atrair fornecedores da região Sul para formar um minipolo de autopeças em torno da fábrica. A proposta é criar uma “Auto Tech Zone no Ceará”, voltada para software, baterias e desenvolvimento de produtos. Isso pode expandir ainda mais o impacto industrial na região e criar novas oportunidades de trabalho.

Em 2024, o Brasil importou cerca de 500 mil veículos, a maioria elétricos, principalmente da China. A nova abordagem da Comexport surge como uma alternativa interessante para reduzir custos cambiais e aumentar o uso de componentes nacionais nos veículos vendidos aqui.

A Comexport começou sua trajetória nos anos 1970 como uma trading focada na exportação de têxteis e, apesar de ter passado por várias fases, agora se destaca como uma operadora logística 5PL. Isso significa que ela oferece serviços que vão da armazenagem ao financiamento, tudo de forma integrada. Em 2020, a receita foi de R$ 11 bilhões, e em 2024, pulou para R$ 58 bilhões! A previsão para 2025 é alcançar R$ 60 bilhões, colocando a empresa entre as maiores do país, mesmo que ainda seja pouco conhecida pelo público em geral.

Embora tenha atraído o interesse de grandes grupos financeiros, como XP e BTG Pactual, a Comexport não está planejando uma venda. O CEO, Alan Goldlust, afirma que a empresa está capitalizada acima do que precisa e está em busca de alianças estratégicas, priorizando parcerias que tragam sinergia operacional.

Indústria nacional e logística avançada como diferencial competitivo

Para fazer esse projeto da montadora acontecer, a Comexport aposta na integração entre logística, tecnologia e nacionalização de peças. Isso cria um modelo de produção que é sustentável e viável para a realidade brasileira. A meta é aumentar a produção com fornecedores locais, o que pode ajudar a tornar a eletrificação automotiva mais acessível no Brasil.

O Ceará pode se tornar um novo centro estratégico para a mobilidade elétrica no país, juntando-se a polos já existentes como os de Pernambuco e Bahia. A ideia é beneficiar também outras montadoras da região, como Stellantis e BYD, facilitando o acesso a componentes e soluções logísticas mais eficientes.

A jornada da Comexport, de uma trading simples para uma potência logística e industrial, é um exemplo de como decisões estratégicas podem transformar empresas diante das mudanças no cenário global, especialmente no setor de commodities. É um momento empolgante para a indústria automotiva brasileira!

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo