Hidrelétrica do Rio Grande do Sul opera com 1.450 MW de potência

O Rio Grande do Sul é lar de uma das obras mais impressionantes do setor elétrico brasileiro. Localizada no leito do Rio Uruguai, na divisa com Santa Catarina, a Usina Hidrelétrica de Itá (UHE Itá) brilha como a maior do estado, com uma potência de 1.450 megawatts (MW). Isso é suficiente para abastecer cidades inteiras, mostrando sua importância na matriz energética do Brasil. Desde que começou a operar em 2000, a UHE Itá se mantém como um pilar essencial para o sistema interligado do país, reafirmando a relevância do Rio Grande do Sul na produção de energia renovável.
Um reservatório monumental no Sul do Brasil
O que torna a UHE Itá ainda mais fascinante é o tamanho do seu reservatório, que ocupa 141 km², ou quase 14 mil hectares. Esse lago artificial não apenas facilita a geração de energia em grande escala, mas também transforma a geografia e a economia da região.
O enchimento do reservatório trouxe mudanças significativas, incluindo a relocação de comunidades e um novo desenho para a paisagem local. Apesar dos desafios que surgiram, como a necessidade de reassentamentos, novas oportunidades econômicas floresceram, especialmente nas áreas de turismo, pesca e navegação.
Potência de 1.450 MW no Rio Uruguai
A UHE Itá, com seus 1.450 MW de potência instalada, não é apenas a maior do Rio Grande do Sul, mas uma das mais influentes do Sul do Brasil. Essa capacidade atende a mais de 4 milhões de habitantes se considerarmos o consumo médio das residências no país.
O projeto, desenvolvido pela Eletrosul e agora sob a gestão da Engie Brasil Energia, exigiu tecnologia avançada e investimentos significativos. Isso fez da UHE Itá um dos maiores empreendimentos de infraestrutura da região.
Energia limpa e renovável
Uma das maiores contribuições da UHE Itá é a geração de energia limpa. A usina aproveita a força das águas do Rio Uruguai para converter energia cinética em eletricidade, evitando emissões diretas de gases poluentes. Esse aspecto é muito importante, especialmente num momento em que o Brasil busca solidificar sua posição como líder em energias renováveis.
Atualmente, mais de 80% da matriz elétrica brasileira é composta por fontes renováveis, e a UHE Itá é fundamental para manter esse cenário limpo.
Impactos regionais
A UHE Itá trouxe impactos significativos para a região de fronteira entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina:
Desenvolvimento urbano: As cidades vizinhas, como Itá (SC) e Aratiba (RS), passaram por uma transformação com novos bairros e comércio se desenvolvendo.
Turismo e lazer: O reservatório se tornou um destino para turismo náutico, pesca esportiva e outras atividades de lazer, impulsionando a economia local.
- Infraestrutura viária: O projeto também fez com que melhorias como pontes e estradas fossem realizadas, facilitando o acesso à região.
Embora o enchimento do reservatório tenha exigido o reassentamento de algumas comunidades, a hidrelétrica serviu como um motor para o desenvolvimento econômico local.
Desafios ambientais e sociais
É importante lembrar que a UHE Itá trouxe também desafios. A construção da usina impactou a fauna e flora aquáticas, alterando o curso natural do Rio Uruguai. Por isso, continuam em funcionamento programas de monitoramento e compensações socioambientais para preservar a biodiversidade. A usina investe em ações de sustentabilidade e repovoamento de espécies de peixes, por exemplo.
Depois de mais de vinte anos, a UHE Itá permanece relevante para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Sua localização estratégica no Sul do Brasil assegura um fornecimento equilibrado de energia, especialmente para regiões com alta demanda industrial e urbana.
Além disso, a usina ajuda a diminuir a dependência de termelétricas, especialmente em momentos de pico de consumo, resultando em custos menores e menos poluição.
O legado da maior hidrelétrica do RS
A UHE Itá é um verdadeiro símbolo do modelo hidrelétrico brasileiro, unindo grandes obras e considerações ambientais e sociais na geração de energia. Com seus impressionantes 1.450 MW de potência e um vasto reservatório de 141 km², ela continua a desempenhar um papel crucial no abastecimento energético do Brasil, reafirmando a importância do estado na matriz elétrica nacional.