Você é comerciante, empresário, microempreendedor? Com certeza tem uma maquininha de cartão com você, a questão é: e agora, como ficara o valor da taxa para o uso desse equipamento? É notável perceber o crescimento desse campo de máquinas de cartão nos comércios, hoje em dia quando o cliente vai pagar só escuta a frase: débito o crédito? Porque antes mesmo de perguntar a forma de pagamento o cliente já mostra o cartão.
O uso do cartão também se dá a partir do momento que o dinheiro começou a ser pouco compartilhado pelos brasileiros, principalmente após a criação do PIX. Tem pessoas que nem andam mais com nota na carteira, apenas diversos cartões.
Com a fama da maquininha em diversas cores e modelos começou a surgir “A guerra das maquininhas”, qual tem a menor taxa, qual é mais bonita, qual tem mais tecnologia, entre outros. Diante desses cenários empresas tiveram oportunidade de usar o seu marketing e sofrer as concorrências no mercado, como por exemplo, GetNet; Mercado Pago; Safrapay; PagSeguro e Stone, que chegaram nessa linha para atualizar o mercado que só tinha como as principais linhas a Cielo e Rede.
Taxa da maquininha sobe de valor
Por mais que o mercado começou a se tornar competitivo nesse meio das maquininhas, houve uma pesquisa de um banco americano UBS que informou que esse setor pode viver tempos de trégua, isso porque as taxas de descontos infelizmente tiveram alteração no valor, e voltou a subir pela primeira vez depois de 6 anos.
Vamos voltar há alguns anos atrás, em 2016, as taxas de descontos que são conhecidas dentro do mercado como MDR sua porcentagem estava em 3,7% para o crédito e 2,6% para débito. Já em outubro de 2021 esses valores caíram para 2,1% e 1,3 %, no entanto em setembro de 2022 esses valores voltaram a aumentar e ficou de 2,8% para crédito e 1,6% para débito.
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Todas essas idas e voltas e dependendo da porcentagem que fica estagnada é um aumento de custo para os empresários, lojistas e comerciantes, que consequentemente deverão aumentar seus produtos para as empresas que fazem transações de cartão, e por fim esse custo maior sai também para o consumidor.
A equipe de análise do UBS informou através de um relatório que eles acreditam que essa tendência se reflete diretamente no movimento chamado de reprecificação que fica no setor de pagamentos desses últimos meses, ou seja, devido a isso aumenta o custo de captação.
Outro fator também que engloba é a taxa da Selic, que em 2021 estava 2% mas hoje em dia está em 13,75%, ou seja, todas as empresas passaram por um sufoco tendo que aumentar seu custo para conseguir captar recursos e assim poder financiar as operações.
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