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Einstein reencarnou? Conheça a jovem que estuda o universo

A trajetória da física teórica Sabrina Gonzalez Pasterski vem chamando atenção mundial, especialmente após ser destacada na mídia como “a próxima Einstein” e “um novo gênio da gravidade quântica”. Nascida em 1993 em Chicago, Sabrina já é conhecida por suas contribuições em campos como buracos negros, ondas gravitacionais e teoria de campos. Esses rótulos, que soam grandiosos, refletem a importância de seu trabalho nas pesquisas científicas.

Filha de imigrantes cubanos, Sabrina se formou em MIT e Harvard, e atualmente faz parte do Perimeter Institute for Theoretical Physics, no Canadá. Ali, ela lidera uma equipe focada em holografia celeste. Apesar do reconhecimento, Sabrina se mostra mais interessada em sua pesquisa do que em títulos comparativos que possam acompanhá-la.

Da juventude ao MIT

Sabrina cresceu em Chicago e estudou em escolas públicas. Sua paixão por matemática e ciências a levou a participar de programas especiais enquanto ainda estava na adolescência. Com apenas 10 anos, começou a trabalhar com seu pai na construção de uma aeronave experimental, seguindo diretrizes da autoridade aeronáutica dos Estados Unidos.

Não é à toa que, aos 16 anos, realizou seu primeiro voo solo. Em 2010, Sabrina completou o ensino médio na Illinois Mathematics and Science Academy e se candidatou ao Massachusetts Institute of Technology (MIT). Após ser colocada em lista de espera, foi admitida e terminou o curso de Física em três anos, com uma média impressionante de 5,0 em 5,0.

Pesquisas no MIT e avanço para Harvard

Durante a graduação, Sabrina participou do experimento Compact Muon Solenoid (CMS) no Grande Colisor de Hádrons (LHC). Essa experiência em física de altas energias ajudou a moldar seu interesse em questões fundamentais sobre partículas, gravidade e espaço-tempo.

Após sua passagem pelo MIT, foi aceita no doutorado em Física em Harvard. Lá, teve a oportunidade de trabalhar com Andrew Strominger, um dos principais nomes em gravidade quântica. Nos primeiros meses, apresentou o spin memory effect, uma ideia inovadora que relaciona ondas gravitacionais a mudanças na geometria do espaço-tempo.

Em 2015, ela publicou um artigo que é considerado um marco na área, completando o chamado triângulo Pasterski–Strominger–Zhiboedov (PSZ). Este trabalho é essencial para discutir as interações entre partículas de baixa energia e a memória gravitacional ligada às simetrias assintóticas. Sabrina completou seu doutorado em 2019 e, em seguida, ingressou no Princeton Center for Theoretical Science (PCTS) para um pós-doutorado.

Holografia celeste e estudos sobre espaço-tempo

Desde 2021, Sabrina é parte do Perimeter Institute, onde fundou a Celestial Holography Initiative. Este grupo investiga a possibilidade de que universos como o nosso, em grandes escalas, possam ser descritos por teorias quânticas que existam em superfícies bidimensionais distantes.

Os pesquisadores estão buscando entender como conceitos como informações quânticas e simetrias gravitacionais se interconectam. O trabalho de Sabrina também aborda as simetrias infinitas do S-matrix, efeitos de memória gravitacional e a reformulação de amplitudes de espalhamento.

Citações por Hawking e o rótulo de “novo Einstein”

O título de “novo Einstein” que frequentemente acompanha Sabrina deve-se, em parte, ao fato de que Stephen Hawking mencionou seu trabalho em uma publicação de 2016. Este artigo discutiu o “soft hair” dos buracos negros, um tópico que ajuda a entender como essas estruturas astronômicas lidam com a informação.

Além das suas contribuições acadêmicas, Sabrina também chamou a atenção de empresas do setor aeroespacial. Ela afirmou ter recebido convites de organizações como a Blue Origin e a NASA. Em seu contexto, até circulou a história de um telefonema de Jeff Bezos, embora essa narrativa não tenha comprovação em fontes confiáveis.

Atuação como pesquisadora e incentivo à educação

Depois de Princeton, Sabrina seguiu como pesquisadora independente e se uniu ao grupo de Quantum Fields and Strings no Perimeter. Além de suas pesquisas, ela se dedica a projetos de incentivo à educação científica. Sabrina já participou de iniciativas como Let Girls Learn, esteve na Casa Branca durante o governo Obama e foi reconhecida na lista Forbes 30 Under 30 na categoria de Ciência.

Seus esforços servem como um exemplo inspirador para meninas que desejam se aventurar nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

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