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Centro policial e internet de ponta para 40 milhões de hectares

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva explicou que a Amazônia é o Brasil em sua essência, e defendeu uma nova maneira de pensar sobre desenvolvimento na região. Em uma entrevista à Rede Amazônica, ele apresentou algumas iniciativas que podem unir a preservação ambiental e o crescimento econômico para as comunidades locais. Entre os projetos que ele detalhou, estão o Centro de Cooperação Policial Internacional e o Norte Conectado. Lula garantiu que é possível avançar o desenvolvimento da Amazônia sem precisar destruir suas florestas.

Desenvolvimento sustentável: crescimento e preservação na Amazônia

O presidente sublinha que a Amazônia não precisa mais seguir o caminho de devastação. "Não precisamos derrubar árvores para plantar alguma coisa", afirmou, destacando que há 40 milhões de hectares de terras degradadas que podem ser usadas para a agricultura. Ele ressaltou que a Amazônia é mais do que um “santuário da humanidade”; é casa de muitas pessoas que buscam trabalho e desejam acesso a educação e saúde de qualidade. Para ele, oferecer essas condições é fundamental para preservar a floresta e conectá-la ao resto do Brasil.

Segurança reforçada: o combate ao crime na região amazônica

No combate ao crime organizado, foi apresentado o Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI), que funcionará em Manaus. Esse centro vai reunir as forças policiais de todos os estados amazônicos e de países vizinhos para enfrentar com mais força o garimpo ilegal, a exploração madeireira clandestina, e o tráfico de armas e drogas. Lula afirmou que o crime organizado deve ser confrontado como uma “indústria multinacional”. Com a presença efetiva do Estado, as leis serão respeitadas, buscando sempre a proteção da floresta e da população.

Projetos estratégicos para o futuro: conectividade, infraestrutura e energia

O projeto Norte Conectado foi descrito como uma “revolução digital” para a Amazônia, com planos para levar serviços de comunicação de alta qualidade a todos os estados da região. Sobre a rodovia BR-319, Lula mencionou a necessidade de sua construção, mas com a responsabilidade de proteger o meio ambiente, evitando o desmatamento e a grilagem de terras. Além disso, ele defendeu a exploração de petróleo na costa do Amapá, destacando que a experiência da Petrobras é essencial. Segundo o presidente, os recursos obtidos com petróleo podem financiar a transição energética para fontes de energia mais limpas, como solar e eólica.

COP 30 em Belém: a “COP da verdade” no coração da floresta

Lula expressou confiança sobre a realização da COP 30, que acontecerá em Belém. Ele acredita que a escolha do local irá mostrar ao mundo a realidade da Amazônia, incluindo seus 30 milhões de habitantes. Apesar dos desafios de infraestrutura, o presidente citou investimentos federais e a contratação de navios para melhorar a hospedagem. Ele chamou esse evento de “COP da verdade”, um espaço importante para discutir a crise climática e a responsabilidade dos países ricos na manutenção das florestas.

Apoio aos povos e produtores locais

Lula garantiu que nenhum pequeno produtor de açaí, mel ou castanhas será prejudicado por tarifas dos Estados Unidos. Para apoiar aqueles que enfrentarem problemas, um fundo foi criado e, se necessário, o governo comprará a produção excedente. Quanto ao povo Yanomami, o presidente destacou a criação de uma estrutura governamental para garantir seus direitos. Ele também revelou que 98% do garimpo ilegal foi eliminado na região e planeja visitar a Amazônia para verificar as condições de vida e inaugurar um hospital, mostrando seu compromisso com as comunidades locais.

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