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Família com 22 filhos enfrenta temperaturas de -62ºC no Ártico

A vida em Oymyakon, um vilarejo na Sibéria, é um verdadeiro desafio. Lá, uma família com 22 filhos enfrenta temperaturas que podem chegar a impressionantes -62°C. A rotina deles é um planejamento constante, com cada ação pensada para garantir a sobrevivência em um clima tão extremo.

Acordar numa manhã gelada nesse lugar significa estar preparado para encarar uma realidade onde o frio domina. Tudo, desde se vestir até cozinhar e aquecer a casa, se torna uma questão de sobrevivência. Moradores conhecem bem a necessidade de otimizar cada movimento para evitar congelamento e economizar energia.

Oymyakon: onde o frio dita as regras

Localizado em uma área conhecida como o “Polo do Frio” da Rússia, Oymyakon é um dos lugares mais frios do mundo habitados por humanos. Lá, a luz do dia leva seu tempo para aparecer, e o ar gelado é cortante. Os moradores saem de casa somente após avaliarem a intensidade do vento e a sensação térmica, pois poucos minutos sem proteção podem ser fatais.

Vestir-se para sobreviver

Na hora de sair, um ritual de camadas é obrigatório. Para aguentar o frio, eles usam peças térmicas, lã para isolamento e um casaco que bloqueie o vento. Botas resistentes, meias grossas e luvas são essenciais. Os moradores também calculam quanto tempo ficarão do lado de fora e planejam a rota mais curta entre abrigos.

A casa como um refugio

Dentro de casa, a temperatura deve ser mantida a todo custo. O fogão é aceso constantemente para evitar que as estruturas internas sofram com o frio. As paredes e janelas precisam de manutenção regular, pois qualquer fenda pode entrar ar gelado e deixar a casa desconfortável.

Água que se torna gelo

Conservar água é uma tarefa séria nesse frio extremo, pois ela pode congelar rapidamente. Os moradores costumam derreter blocos de gelo coletados no ambiente para ter água potável. Torneiras e reservatórios estão sempre protegidos, garantindo que desperdícios sejam mínimos.

Alimentação no frio

Os alimentos geralmente ficam congelados fora de casa, aproveitando a temperatura baixa. Peixes e carnes locais fazem parte da dieta, mas seu preparo exige rapidez e técnica. A cada vez que é necessário cortar, é preciso ser ágil para voltar a manter os alimentos em temperaturas seguras.

Mantendo a energia

Para garantir que todos se mantenham aquecidos e ativos, a alimentação foca em gorduras e proteínas. Isso ajuda a conservar o calor do corpo e fornece energia nos dias frios. Refeições são bem calóricas e há um cuidado especial para beber líquidos quentes, que ajudam na hidratação e mantêm o corpo aquecido.

Cuidando da respiração

Até a simples tarefa de respirar necessita de cuidados especiais. Moradores protegem o nariz e a boca com tecidos, que ajudam a aquecer e umidificar o ar antes de ser inalado. Para evitar a hiperventilação, eles também falam menos e mantêm movimentos contidos, economizando calor.

Logística familiar

Com tantos filhos, a rotina se torna uma verdadeira dança de organização. O dia-a-dia exige coordenação nos horários de banho e nas refeições, para não sobrecarregar o aquecimento da casa. Cada membro da família tem um papel, e essa dinâmica torna o lar um lugar seguro e funcional.

Prevenção constante

O frio, além de rigoroso, é traiçoeiro. Os sinais de congelamento precisam ser observados atentamente, especialmente nos dedos, orelhas e nariz. Roupas úmidas são trocadas imediatamente, e peças extras sempre ficam por perto para garantir a proteção.

Cultura que resiste ao frio

Mesmo em um ambiente tão hostil, as tradições locais permanecem firmes. Dentro das casas, reiteram histórias, receitas e práticas que são passadas de pai para filho. As crianças aprendem desde cedo a respeitar a natureza e a importância de certas regras que, no fim das contas, ajudam a preservar suas vidas.

Silêncio do lado de fora, calor por dentro

Enquanto a paisagem de Oymyakon se torna um deserto branco e silencioso, o calor humano e as atividades dentro das casas contam outra história. O barulho de água fervendo, o aroma da comida e o som de roupas secando fazem parte da rotina. E assim, a cada dia, essa família se prepara para outra batalha contra o frio, provando que a vida pode ser resiliente mesmo nas condições mais adversas.

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