Eletrodomésticos com mais defeitos no Brasil em 2025

Geladeiras que param de gelar no calor, máquinas de lavar que travam e micro-ondas que queimam a placa eletrônica. Esses são só alguns dos problemas enfrentados por muitos brasileiros em 2025. As reclamações sobre eletrodomésticos não param de crescer, e isso se tornou um verdadeiro desafio nas casas, onde esses aparelhos são essenciais.
Um levantamento recente, que analisou dados de assistências técnicas e do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor, revelou que dez categorias de eletrodomésticos se destacaram em reclamações. O custo dos consertos já ultrapassa R$ 2 mil por família, levando muitos a preferirem comprar novos produtos em vez de consertar os antigos.
Os campeões de defeitos em 2025
Os produtos que mais causaram dor de cabeça em 2025 foram:
- Geladeiras frost free – falhas no compressor e problemas de resfriamento.
- Máquinas de lavar – motores que travam e placas eletrônicas queimadas.
- Fogões e cooktops – problemas nas válvulas e na ignição automática.
- Forno micro-ondas – defeitos no magnetron e placas de controle.
- Aspiradores de pó – perda de potência e superaquecimento.
- Televisores de tela grande – falhas nas telas LED e painéis queimados.
- Ar-condicionado split – vazamentos de gás e falhas nos sistemas inverter.
- Máquinas de lavar louça – entupimentos no sistema de drenagem e sensores defeituosos.
- Purificadores de água – bombas travadas e sensores quebrados.
- Freezers horizontais – problemas no termostato e selagem das portas.
O peso no bolso: reparos que assustam
E, por falar em consertos, os custos estão pesando no bolso. Aqui estão alguns valores médios de manutenção:
- Compressor de geladeira: entre R$ 1.200 e R$ 2.500.
- Motor de máquina de lavar: até R$ 1.800.
- Troca de painel de TV: entre R$ 1.000 e R$ 3.000.
- Sistema inverter de ar-condicionado: até R$ 2.800.
- Placa eletrônica de micro-ondas ou lava-louças: de R$ 500 a R$ 1.200.
Com esses preços, muitos optam por substituir os eletrodomésticos ao invés de arrumá-los. Essa dinâmica só intensifica o ciclo de consumo e descarte.
Por que os eletrodomésticos estão quebrando mais?
Os especialistas apontam algumas razões principais para esse aumento:
- Tecnologia avançada e baixa durabilidade: As novas funcionalidades e designs tornam os aparelhos mais suscetíveis a falhas.
- Oscilações de energia elétrica: Sobrecargas têm causado danos em diversos aparelhos.
- Uso intenso e calor extremo: O calor excessivo, especialmente, fez com que dispositivos de refrigeração trabalhassem mais e desgastassem mais rápido.
E, claro, o conceito de "tempo de vida útil programado" continua sendo uma crítica recorrente, onde é acusado que os fabricantes planejam produtos para não durarem muito, incentivando novas compras.
O impacto nas famílias brasileiras
Um estudo de entidades de defesa do consumidor revelou que cada família brasileira gastou, em média, R$ 2 mil com reparos em 2025. Esse valor pesa muito em orçamentos já pressionados por altos preços de alimentos e energia. Tem casos de famílias que perderam até três eletrodomésticos de uma só vez, enfrentando prejuízos de mais de R$ 5 mil.
Como as marcas estão reagindo
Frente a tantas reclamações, grandes marcas como Electrolux, Brastemp, Samsung e LG começaram a investir em redes de assistência técnica e programas de garantia estendida. Algumas até ampliaram a cobertura de peças, como compressores de geladeiras. Porém, ainda há relatos de dificuldades para acessar essas garantias, especialmente em cidades menores.
O que fazer para evitar prejuízos
Para prolongar a vida dos eletrodomésticos, especialistas sugerem algumas dicas simples:
- Instalar protetores contra surtos elétricos, principalmente para geladeiras e TVs.
- Realizar manutenção preventiva em aparelhos como ar-condicionado e máquinas de lavar.
- Utilizar tomadas e instalações adequadas, evitando sobrecargas.
- Optar por marcas com boa reputação em assistência técnica.
Um mercado bilionário em xeque
O mercado de eletrodomésticos no Brasil movimenta mais de R$ 100 bilhões por ano. Entretanto, a confiança do consumidor está em jogo. O aumento das reclamações em 2025 serve como um alerta: sem transparência, qualidade e suporte, a imagem das marcas pode ser seriamente afetada.
Pesquisas, exigência de garantias claras e cuidados na escolha dos produtos tornam-se essenciais. Afinal, o que deveria facilitar a vida pode acabar se tornando um grande fardo.