Criatura do mar profundo brilha no escuro

Um polvo muito interessante pode ser encontrado nas profundezas do Oceano Atlântico Norte: o Stauroteuthis syrtensis. Geralmente, esse tipo de polvo não é muito estudado, o que faz com que muitas de suas características ainda não sejam completamente conhecidas. Algumas pessoas o classificam na família Stauroteuthidae, enquanto outras o encaixam na Cirroteuthidae. A confusão acontece porque ele vive em águas profundas, onde a observação fica mais difícil.
Suas características
Esse polvo pode medir entre 9 e 18 centímetros, com uma largura que chega a aproximadamente 4 centímetros. Uma curiosidade é que os machos têm cabeças um pouco maiores do que as fêmeas. Os braços, que são oito, não são todos do mesmo tamanho; alguns podem alcançar até 35 centímetros.
Um dos detalhes mais fascinantes desse polvo é sua capacidade de brilhar no escuro. Seu corpo, que tem uma coloração que varia entre o avermelhado e o marrom, apresenta um aspecto quase glutinoso, o que permite ver seus órgãos internos. As ventosas dos braços variam de 55 a 65, e elas também diferem entre machos e fêmeas. Quando falamos das ventosas, os machos podem ter uma dimensão de cerca de 8 a 25 mm, enquanto as fêmeas têm ventosas que medem em média até 6,55 mm. A boca, por sua vez, tem um tom que pode variar entre roxo e rosa, com uma parte mais clara próxima aos braços.
Na hora de se alimentar, esse polvo se delicia com uma variedade de crustáceos, como lagostas, camarões, siris e até caranguejos. Ele vive em profundidades que vão de 500 a 4.000 metros nos mares do Atlântico Norte. É importante mencionar que ele também aparece nas águas dos Estados Unidos e já foi visto nas Ilhas Britânicas, mas não se aventura em regiões árticas, principalmente por conta das baixas temperaturas.
Por todas essas características únicas, o Stauroteuthis syrtensis é uma daquelas criaturas que despertam a curiosidade e a admiração. É incrível pensar que um ser tão interessante vive nas profundezas do oceano, longe dos nossos olhos, mas que, de alguma forma, nos conecta com a diversidade da vida marinha.