Família vive isolada há 20 anos em ilha no Rio Jinkou

Uma família decidiu viver em uma ilha no Rio Jinkou, no coração do Grand Canyon de Sichuan, há mais de 20 anos. Eles transformaram um pequeno recife em seu lar, cercados por altas montanhas, um rio agitado e um ambiente natural impressionante. A rotina da família se tornou estável com o tempo; eles construíram uma casa, criaram um sistema de energia e instalaram um caminho esculpido na rocha para facilitar o acesso ao mundo exterior.
Esse local não é apenas bonito, mas se tornou um lugar seguro e autônomo. A escolha de viver ali foi por uma necessidade de conexão com a natureza e não apenas por turismo. Para eles, o Rio Jinkou oferece uma fusão perfeita de segurança e sustentabilidade, mesmo em um espaço que parece isolado.
Como a família decidiu viver isolada em uma ilha
No início, esse lugar era apenas um recife onde a família já cultivava e caçava. A decisão de se estabelecer de forma definitiva foi natural. O morador explica que, antes do acesso mais fácil, a travessia era feita por um sistema simples de cabo de aço. Isso exigia muita coragem e disposição, já que cada ida ao mercado era uma jornada que muitas vezes exigia uma pernoite na cidade.
Com a construção de uma estrada pela usina local, a logística melhorou um pouco, permitindo o uso de triciclos para levar suprimentos, mas sem perder o ar de isolamento.
Estrutura física da ilha e acesso pelo cânion
Hoje em dia, o acesso à ilha é feito por uma ponte de corrente de ferro e uma estrada escavada na rocha, mostrando que o local é bem cuidado e não abandonado. Com a instalação de eletricidade e sinalização, o nível básico de infraestrutura permite que a família mantenha um estilo de vida confortável.
Apesar de estar propensa a enchentes, o morador garante que a casa está bem posicionada e nunca foi atingida pela cheia do rio. O terreno rochoso da região, que resistiu a terremotos, dá ainda mais segurança ao espaço.
Rotina, autossuficiência e adaptação ao ambiente
A casa é feita de materiais variados, acumulados ao longo dos anos. Um sistema eficiente canaliza água de uma nascente próxima, e o escoamento é garantido, algo vital para quem vive longe das comodidades urbanas.
Os canteiros ao redor da casa são aproveitados para cultivar legumes e frutas, mostrando uma conexão forte com o ambiente. Uma planta, a datura, é usada estrategicamente para afastar mosquitos, demonstrando uma relação harmoniosa com a natureza.
Natureza rica, borboletas e clima favorável
O local é também um espetáculo de biodiversidade, especialmente por causa das muitas borboletas que frequentam a área. Isso, além das árvores frutíferas e do clima favorável, torna a vida ali bastante agradável. O morador comenta que as temperaturas são amenas, garantindo bem-estar, especialmente para os mais velhos da família.
Segurança, pertencimento e permanência no local
A história da ocupação do lugar é significativa. A família já tinha raízes ali, o que fortalece seu apego ao espaço. Mesmo após a instalação de algumas comodidades, a área não se encheu de turistas. O que se vê é um lar familiar, com um cachorro guardando a entrada, uma casa de dois andares e um quintal amplo.
O equilíbrio entre a distância da cidade e o acesso a serviços mostra que este modelo de vida foi planejado e funciona. A permanência de tantos anos reforça a ideia de que esse estilo de vida se encaixa perfeitamente no dia a dia da família, que encontrou ali um refúgio e um modo de viver que valoriza a natureza e a autossuficiência.
É um contraste interessante com o frenesi urbano. Em vez de ruídos e deslocamentos longos, optaram pelo silêncio, pelas borboletas e pela beleza do rio ao redor.



