Herdeira da WEG: jovem brasileira de 21 anos tem fortuna de 6,6 bilhões

A estudante de psicologia Lívia Voigt fez história ao se tornar a bilionária mais jovem do mundo, conforme o ranking anual da revista Forbes. Com apenas 21 anos, essa catarinense acumula um patrimônio estimado em US$ 1,2 bilhão (cerca de R$ 6,6 bilhões), garantindo o primeiro lugar entre os jovens mais ricos do planeta. Essa conquista é um resultado não só de talentos pessoais, mas também de uma herança significativa.
A fortuna de Lívia vem da família Voigt, que é dona da WEG, uma das principais fabricantes de motores elétricos e equipamentos industriais do mundo. Ela é neta de Werner Ricardo Voigt, que cofundou a empresa e faleceu em 2016. Apesar da grande quantia, é curioso notar que a jovem possui cerca de 3,1% das ações da WEG, mas não ocupa posição na diretoria ou no conselho, o que demonstra uma estratégia familiar de sucessão bem pensada.
Ela é apenas dois meses mais velha que o segundo colocado, o italiano Clemente Del Vecchio, de 20 anos, que herdou sua fortuna da fabricante de óculos Ray-Ban. Essa pequena diferença de idade foi crucial para que a brasileira conquistasse o topo da lista.
Família Voigt domina o ranking de herdeiros bilionários
A presença da família Voigt entre os bilionários não se restringe só à Lívia. Sua irmã mais velha, Dora Voigt de Assis, de 26 anos, também aparece na lista com um patrimônio equivalente, já que ambas herdaram os mesmos 3,1% das ações da WEG. Juntas, elas já conseguiram milhões em dividendos. Outros primos, Eduardo e Mariana Voigt Schwartz, têm cerca de 4% das ações cada um, totalizando US$ 1,3 bilhão individualmente. A lista ainda conta com Anne Werninghaus, neta de um dos cofundadores, que tem um patrimônio de US$ 1,2 bilhão.
Todos eles são netos dos três cofundadores da WEG: Werner, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus. Esses homens deixaram sua herança para as próximas gerações, garantindo que a família continue no jogo dos bilionários.
WEG: a gigante catarinense por trás da fortuna
Fundada em 1961 em Jaraguá do Sul, a WEG começou sua jornada com a produção de motores elétricos. Hoje, a empresa já está presente em 17 países e tem operações comerciais em mais de 135 nações, com mais de 47 mil empregados pelo mundo. Em 2024, a WEG alcançou um faturamento líquido de R$ 38 bilhões, sendo que 57% das vendas foram realizadas fora do Brasil. A empresa se diversificou ao longo dos anos, oferecendo produtos que vão de componentes eletrônicos a soluções em energias renováveis.
A WEG se tornou um ícone no setor de equipamentos eletroeletrônicos, sempre buscando inovar. Recentemente, superou a Vale e se tornou a terceira maior empresa de capital aberto na B3, a bolsa de valores brasileira.
Perfil discreto e vida universitária
Apesar da fortuna imensa, Lívia Voigt mantém um perfil bastante discreto. Amigos a chamam carinhosamente de “Lillos”. Ela mora com a família em Florianópolis e está cursando psicologia na universidade. Filha de uma catarinense e de um carioca formado em educação física, Lívia sempre teve uma vida repleta de esportes, como o skate, que ela pratica desde a infância.
Na adolescência, também participou de grupos de dança e até pensou em criar um canal no YouTube, mas decidiu preservar sua privacidade. Entre seus hobbies, estão os mangás japoneses, jogos de corrida e música, com preferência por artistas como Katy Perry e Bruno Mars. Ela também valoriza momentos ao ar livre e tem uma forte conexão com a natureza, algo que evidencia em suas redes sociais.
Geração de herdeiros bilionários
A lista da Forbes de 2024 trouxe uma mudança significativa: todos os 25 bilionários com menos de 30 anos herdaram suas fortunas. Pela primeira vez em 15 anos, não há jovens bilionários que tenham conquistado riqueza por conta própria. O ranking conta com 265 novos bilionários de 32 países, que juntos somam US$ 510 bilhões.
Enquanto isso, a média de idade entre os bilionários do mundo gira em torno de 66 anos, fazendo com que jovens como Lívia se destaquem nesse cenário. Esse fenômeno é chamado de “grande transferência de riqueza geracional”, onde trilhões de dólares estão passando para a nova geração à medida que fundadores de grandes empresas falecem.
Entre os novos bilionários de 2024, estão figuras como a cantora Taylor Swift e o ex-jogador da NBA Magic Johnson. No Brasil, além de Lívia, também se destacam Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, e Cristina Junqueira, do Nubank.
É uma realidade curiosa e intrigante, refletindo sobre desigualdade social, heranças e o papel que elas desempenham na construção de grandes patrimônios.