A ciência revela como e quando o universo chegará ao fim

Desde que temos consciência, sempre olhamos para as estrelas e nos questionamos: de onde viemos e para onde vamos? Hoje, com os avanços da física e da cosmologia, a ciência consegue traçar uma linha do tempo sobre o futuro do nosso planeta, da nossa galáxia e do universo. O fim pode parecer algo distante e até difícil de imaginar, mas os desafios cósmicos que virão antes disso são realmente impressionantes.
Vamos dar uma olhada nos principais eventos cataclísmicos que esperam o nosso universo e nas três principais teorias sobre como tudo pode chegar ao fim.
Futuro próximo (escala cósmica): a morte do Sol
A primeira grande mudança que nos afetará tem uma data marcada. O Sol, que é nossa estrela e fonte de vida, possui um ciclo de vida limitado.
Daqui a 5 bilhões de anos: O hidrogênio no núcleo do Sol se esgotará. Sem esse combustível, ele começará a se expandir e se tornará uma Gigante Vermelha. O tamanho dele aumentará tanto que poderá engolir Mercúrio, Vênus e possivelmente a Terra.
O fim da vida: Antes de ser engolhida, a Terra já terá passado por grandes transformações. O calor intenso fará com que os oceanos evaporem e a superfície derreta, tornando impossível a vida como a conhecemos.
- A Anã Branca: Após essa fase, o Sol vai ejetar suas camadas externas e seu núcleo colapsará, tornando-se uma Anã Branca. Essa estrela morta, densa e do tamanho da Terra, brilhará fraquinhos por trilhões de anos com o calor que restar.
Quase simultaneamente, um evento de grande escala cósmica ocorrerá. A Via Láctea, a nossa galáxia, vai se chocar com a galáxia vizinha, Andrômeda. Ambas estão sendo atraídas uma pela outra devido à força da gravidade.
Daqui a 4,5 bilhões de anos: O processo de fusão entre as duas galáxias começará e demorará milhões de anos para se completar. O resultado será uma nova galáxia, uma gigante elíptica, e alguns a chamam de “Lactômeda”.
- E a Terra? Se o nosso planeta ainda estiver por aqui, a chance de碰撞 com outra estrela é muito baixa, devido à vastidão do espaço entre elas. Contudo, a força gravitacional dessa fusão pode ejetar o nosso Sistema Solar para o espaço intergaláctico.
O futuro distante: as eras da degeneração e dos buracos negros
Após o fim de estrelas como o nosso Sol e a fusão das galáxias, o universo entrará em uma nova fase.
Daqui a 100 trilhões de anos (A Era Degenerada): Todo o gás para formar novas estrelas já terá sido consumido. As últimas estrelas terão apagado e o universo se tornará um lugar escuro, repleto de "cadáveres" estelares: anãs brancas, estrelas de nêutrons e buracos negros.
- Daqui a 10^40 anos (A Era dos Buracos Negros): Em um tempo inimaginável, até mesmo a matéria degenerada começará a se decompor. Os buracos negros continuarão a devorar o que restar, mas nem eles são eternos. Por meio da Radiação de Hawking, teoria proposta por Stephen Hawking, os buracos negros vão lentamente "evaporar", até sumirem completamente.
O fim de tudo: as 3 teorias para o destino final
Depois da evaporação do último buraco negro, o que sobrar? A ciência explora três cenários principais, todos relacionados a uma força misteriosa chamada energia escura, que está acelerando a expansão do universo.
Big Freeze (O Grande Congelamento): Esse é o cenário mais plausível, segundo a ciência atual. A expansão do universo continuará indefinidamente. Sem nova energia e sem estrelas para gerar calor, o universo se tornará um lugar infinito, frio e escuro, chegando ao estado de máxima entropia, conhecido como "morte térmica".
Big Rip (A Grande Ruptura): Este cenário é mais dramático. Se a energia escura se intensificar com o tempo, a expansão poderá se tornar tão poderosa que quebrará todas as forças. Primeiro, as galáxias se desfarão, depois os sistemas solares e, no fim, até os átomos se dividirão.
- Big Crunch (O Grande Colapso): Este é o oposto, atualmente visto como o lesslikely. Se a energia escura perder força, a expansão pode parar e inverter. O universo passaria a se contrair, com galáxias colidindo e tudo colapsando em uma singularidade super aquecida, como um “Big Bang ao contrário”.
Embora o fim pareça muito distante, a ciência tem conseguido vislumbrar esses potenciais destinos, o que nos faz pensar sobre a grandeza e a natureza transitória do nosso universo.