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Inteligência artificial avança e pode ameaçar seu emprego

A chegada da inteligência artificial (IA) ao mercado de trabalho está gerando muita conversa e até certa ansiedade. Com o crescimento das ferramentas de IA generativa, muitos profissionais estão preocupados com o futuro de seus empregos. Uma pesquisa recente mostrou que 42% dos trabalhadores nos Estados Unidos utilizam IA, ainda que seja ocasionalmente. Já entre aqueles que trabalham em escritórios, esse número sobe para 27%. Mesmo assim, mais da metade dos entrevistados se sente insegura e teme perder seu espaço por conta da tecnologia.

Esses medos vêm acompanhado de um cenário preocupante: grandes empresas têm cortado centenas de vagas. A Microsoft, por exemplo, anunciou a demissão de mais de 6 mil funcionários entre maio e junho, com planos de cortar mais 9 mil em breve, tudo para se concentrar no desenvolvimento de IA. O CEO da Amazon, Andy Jassy, também alertou sobre demissões em função da expansão do uso de IA na companhia. Um especialista comentou que as funções administrativas podem sofrer cortes drásticos, ou, como ele chamou, um “banho de sangue do colarinho branco”.

IA: complemento ou ameaça?

Apesar do temor de que a IA possa substituir trabalhadores, muitos especialistas defendem que, atualmente, ela funciona mais como um complemento ao trabalho humano. Ferramentas como ChatGPT e Claude podem facilitar tarefas repetitivas, tornando os processos mais eficientes e as entregas de melhor qualidade. Um professor da Wharton sugere que os profissionais dediquem um tempo — cerca de 10 horas — para experimentar o uso da IA em suas atividades diárias. Esse tempo pode ser uma oportunidade de descobrir novos recursos e potencializar o trabalho.

E como tornar essa experiência ainda melhor? Investir em versões pagas das ferramentas e testar funções que permitam compartilhar informações visuais pode ser um bom caminho. Segundo um pesquisador do Brookings, saber se adaptar e adquirir habilidades versáteis é fundamental. O estudo afirma que a IA se destaca em áreas cognitivas e não rotineiras, encontradas em trabalhos bem remunerados, como engenharia de software e direito. Embora a IA facilite a pesquisa e inspire novos projetos, ainda esbarra em atividades que exigem empatia e precisão, como entrevistas e revisões finais de textos.

Os empregos mais ameaçados

Quando falamos sobre empregos, a situação é mais delicada em funções administrativas. Um estudo apontou que muitas tarefas de contadores e assistentes administrativos são totalmente automatizáveis. Profissões de apoio, como agentes de viagem e preparadores de impostos, também estão sob ameaça. A regra parece ser: quanto mais repetitiva e específica for a atividade, maior a chance de ser automatizada.

Ainda é uma incógnita se as empresas optam por aprimorar a experiência de trabalho com a IA ou se usarão essa tecnologia como desculpa para apertar os cintos e cortar custos. Dominar o uso de IA atualmente não garante a permanência no emprego, mas sim um diferencial importante. Essa transição pode ser comparada à chegada dos computadores pessoais na década de 80, que transformaram o mercado de trabalho de forma significativa. Historicamente, inovações tecnológicas tendem a gerar mais empregos ao longo do tempo, embora esse processo de adaptação possa ser turbulento. Com a IA, podemos estar à beira de uma nova Revolução Industrial, e aprender a usá-la pode ser a estratégia mais inteligente para quem deseja se manter relevante no mercado.

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