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Romper bloqueio aéreo da China em Taiwan exigiria 860 voos diários

O cenário entre Taiwan e a China continua a evoluir rapidamente, levantando questões sérias sobre a segurança da região. Um estudo recente realizado pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), em Washington, trouxe à tona alguns dados impressionantes sobre um possível bloqueio aéreo em Taiwan. As simulações mostraram que romper esse bloqueio seria uma tarefa colossal. Imagine: seriam necessários cerca de 860 voos diários para atender uma população de aproximadamente 23 milhões de pessoas. E tudo isso sem garantir que a economia da ilha não entrasse em colapso.

Manobras da China intensificam preocupações

As tensões na região aumentaram drasticamente após autoridades dos Estados Unidos visitarem Taiwan. Essa movimentação provocou uma resposta militar significativa da China, acendendo ainda mais os alertas de especialistas. Diante dessa situação, o CSIS resolveu investigar se seria viável realizar uma operação de apoio aéreo para Taiwan, levando em conta o iminente risco de um bloqueio.

Capacidade logística no limite

De acordo com o relatório, o Pentágono teria que mobilizar quase toda a sua frota de mobilidade estratégica para essa operação, o que limitariam a capacidade dos EUA de responder a outras crises pelo mundo. Um dos aviões de transporte mais importantes do país, o C-17, precisaria operar em uma escala nunca vista antes. Para o funcionamento dessa ponte aérea, seriam necessárias nada menos que 39.000 toneladas de mantimentos, energia e suprimentos médicos todos os dias.

As rotas aéreas também complicariam a logística. As distâncias entre as bases aéreas nos EUA e Taiwan variam de 657 km a 2.700 km, limitando o número de locais viáveis para as decolagens e aumentando a complexidade do plano.

China teria que escolher entre bloqueio ou invasão

O estudo ainda levanta uma reflexão interessante sobre a capacidade da China em realizar um bloqueio efetivo. Eric Heginbotham, um dos coautores da pesquisa, aponta que a China teria dificuldade em implementar um bloqueio e uma invasão ao mesmo tempo.

“Em qualquer um dos cenários, a China perderá ativos necessários para a outra opção”, afirma Heginbotham. Ele enfatiza que se a China tentar fazer as duas coisas, vai perder o elemento surpresa, o que pode dar tempo para Taiwan e seus aliados se prepararem.

Pentágono deve se preparar, apesar das limitações

Apesar das dificuldades enfrentadas, o CSIS recomenda que os Estados Unidos comecem a desenvolver planos para uma possível ponte aérea. Embora essa operação não resolva todos os problemas, ela poderia oferecer uma ajuda humanitária temporária em situações de emergência.

As situações delicadas como essa mostram o quão imprevisíveis e complexas as relações internacionais podem ser, e o impacto que esses eventos têm na vida das pessoas.

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