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Nasa acompanha asteroide com valor superior à economia global

O asteroide 16 Psique está chamando atenção do mundo todo. Monitorado de perto pela NASA, ele se destaca como um dos corpos celestes mais valiosos que conhecemos até agora. A estimativa é que os metais que o compõem valham dezenas de vezes mais do que o PIB global, gerando um verdadeiro alvoroço entre cientistas e empresas de exploração espacial.

Descoberto há mais de 170 anos pelo astrônomo italiano Annibale de Gasparis, o 16 Psique tem cerca de 226 quilômetros de diâmetro e orbita bem longe da Terra, a cerca de 370 milhões de quilômetros. Em julho de 2025, a NASA espera lançar uma missão que promete revelar novos detalhes sobre sua superfície metálica, a partir de imagens captadas pelo Telescópio Espacial Hubble.

Esse asteroide está localizado no cinturão de asteroides, uma área do Sistema Solar repleta de rochas de tamanhos variados entre as órbitas de Marte e Júpiter.

Composição metálica e valor astronômico

O interesse da NASA e da SpaceX pelo 16 Psique vai além do seu valor impressionante. Esse asteroide também tem o potencial de nos ensinar muito sobre como os planetas se formaram. De acordo com a pesquisadora Tracy Becker, do Southwest Research Institute, asteroides como o Psique são fascinantes porque podem ser compostos inteiramente de ferro e níquel. Afinal, essas são as mesmas substâncias que encontramos no núcleo de planetas como a Terra.

Os estudos mostram que, além de ferro e níquel, podemos estar diante de metais raros e extremamente valiosos, como ouro e platina. Os números são de deixar qualquer um de queixo caído: alguns especialistas estimam que esses minerais possam valer mais de 10 mil quatrilhões de dólares. Isso é quase 70 mil vezes mais do que a economia mundial, que, em 2019, já alcançava 142 trilhões de dólares.

O apelido “asteroide dourado” ganhou força por conta dessas estimativas impressionantes.

Missão inédita da NASA para explorar o asteroide dourado

A NASA planeja enviar uma nave não tripulada ao 16 Psique a partir de 2026. Essa missão será a primeira do tipo focada em um asteroide majoritariamente metálico, diferentemente das anteriores, que se concentraram em corpos rochosos ou congelados. É uma oportunidade única para estudar mais a fundo as estruturas do Sistema Solar.

Origem e formação planetária

Acredita-se que o 16 Psique possa ser o núcleo exposto de um protoplaneta — basicamente, um planeta em formação que não chegou a se completar. Se essa hipótese se confirmar, teremos a chance de olhar mais de perto para materiais fundamentais que podem esclarecer a origem dos planetas rochosos, como a Terra, Marte e Vênus.

Tracy destaca que o que torna o Psique tão intrigante é a possibilidade de entender melhor os processos de formação do Sistema Solar. A equipe que estuda o asteroide utilizou dados do Hubble para descobrir suas propriedades físicas e químicas.

Mineração espacial e desafios futuros

A missão da NASA em parceria com a SpaceX também levanta questões sobre a mineração espacial. O tema ganha relevância à medida que a demanda por metais estratégicos cresce, e tanto empresas privadas quanto entidades governamentais estão de olho nessa nova fronteira.

Claro, a exploração do 16 Psique não será uma tarefa simples. Atualmente, não temos a tecnologia necessária para transportar grandes quantidades de material do espaço de volta para a Terra. E ainda há a questão das leis que regem a exploração do espaço, que proíbem a apropriação de corpos celestes por nações ou empresas.

Impactos econômicos e expectativa global

O debate sobre como monetizar recursos do espaço está cada vez mais em alta, especialmente com os avanços nas pesquisas sobre o 16 Psique. Alguns especialistas acreditam que, se conseguíssemos trazer todos os metais de lá, isso poderia desvalorizar esses recursos no mercado global. As consequências econômicas de uma exploração desse tipo ainda são um mistério e geram muita discussão.

A missão da NASA, programação confirmada para 2026, busca responder perguntas essenciais sobre a origem dos planetas e a estrutura interna dos asteroides. O estudo do 16 Psique pode revelar segredos que foram preservados por bilhões de anos no Sistema Solar e abrir portas para novas tecnologias.

Enquanto isso, a expectativa em torno desse “asteroide dourado” continua a crescer, e as discussões sobre o futuro da humanidade fora da Terra ficam cada vez mais empolgantes. O que será que o 16 Psique vai nos ensinar?

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