EUA são cúmplices de genocídio e precisamos reconhecer isso

A Situação em Gaza: Um Olhar Direto e Simples sobre a Realidade Atual
Nos últimos 22 meses, o que ocorre em Gaza tem gerado intensos debates sobre como classificar a situação. Algumas das principais organizações de direitos humanos do mundo, como a Anistia Internacional e a Médicos Sem Fronteiras, já afirmaram que as imagens que chegam a nós diariamente revelam uma realidade que vai além de um simples "conflito" ou "crise humanitária". No entendimento dessas instituições e de outros especialistas, o que acontece é, de fato, um genocídio.
Recentemente, uma organização israelense de direitos humanos, a B’Tselem, chegou à conclusão de que Israel está agindo de maneira coordenada para destruir intencionalmente a sociedade palestina na Faixa de Gaza. Essa afirmação indica que Israel estaria cometendo genocídio contra os palestinos.
A discussão sobre a natureza da violência em Gaza parece estar chegando a um ponto de consenso: não podemos mais nos considerar apenas espectadores dessa tragédia. A verdade desconfortável é que os Estados Unidos, além de ignorar os horrores que acontecem, têm contribuído ativamente para essa situação. O apoio americano a Israel, tanto em termos financeiros quanto militares, tem sido fundamental para que essas ações ocorram.
Um exemplo claro dessa relação é a declaração de Yitzhak Brick, um ex-general israelense, que reconheceu que todos os mísseis e bombas usados por Israel vêm dos EUA. Segundo ele, se o fornecimento americano for cortado, as ações israelenses não poderiam continuar.
Durante a presidência de Donald Trump, o governo dos EUA deu total apoio a Israel, permitindo que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu seguisse em frente com medidas extremas, como o bloqueio de comida e ajuda humanitária a Gaza. Trump chegou a conversar oficialmente com Netanyahu, instruindo-o a tomar as medidas que achasse necessárias.
Por outro lado, os aliados republicanos de Trump no Congresso têm defendido abertamente a agressão a Gaza. Alguns membros da Câmara e do Senado fizeram declarações alarmantes, como a proposta de usar armas nucleares ou a ideia de que os palestinos deveriam ser deixados a passar fome até que todos os reféns israelenses fossem liberados.
Vale lembrar que a administração anterior não foi a única responsável. Sob o governo do presidente Joe Biden, avanços significativos na violência contra os civis palestinos também ocorreram. Durante seu mandato, Biden autorizou o envio de bombas pesadas a Israel e impediu que a ONU tomasse ações que poderiam resultar em um cessar-fogo. A maioria dos democratas no Congresso também contribuiu para o apoio militar contínuo a Israel, mesmo com a crescente evidência de crimes de guerra.
Não apenas os políticos, mas a mídia americana também desempenha um papel importante na forma como a situação é percebida. Em muitos casos, mecanismos de cobertura têm enfatizado o direito de Israel de se defender, sem considerar as consequências para os palestinos. Relatos sobre mortes de civis palestinos costumam ser tratados de forma mais branda do que os que envolvem israelenses.
Instituições educacionais e profissionais dos Estados Unidos também têm mostrado conivência com essa situação. Universidades punem aqueles que protestam contra o genocídio, e organizações de advocacia rejeitam candidatos que se opõem a essas práticas.
Embora muitos americanos relutem em acreditar que seu país está envolvido em um dos piores crimes do século XXI, é crucial reconhecer os fatos. A evidência de que os EUA são cúmplices nas ações de Israel é clara. O fornecimento de armamento e apoio logístico levou à morte de milhares de civis palestinos e à destruição de suas comunidades.
Esse triste capítulo da história será lembrado. As ações que foram tomadas e apoiadas nos próximos anos serão vistas como uma mancha crítica na política e na sociedade dos Estados Unidos, destacando uma colaboração em um genocídio que não pode mais ser ignorada.