Alunos passam mal após comer bolo levado por colega em escola de Biguaçu

O que parecia ser apenas mais um dia comum na Escola de Educação Básica Prefeito Avelino Müller, em Biguaçu, terminou com uma ocorrência policial e a mobilização de ambulâncias. Na manhã de quarta-feira (13), oito estudantes do ensino fundamental apresentaram sintomas de mal-estar após consumirem pedaços de um bolo levado por um colega.
O episódio causou preocupação imediata entre pais, professores e autoridades. Os alunos, todos com cerca de 12 anos, começaram a sentir náuseas logo após o lanche, e dois deles chegaram a vomitar. Em poucos minutos, o SAMU e a Polícia Militar foram acionados para atendimento e investigação.
Encaminhados à UPA de Biguaçu, os estudantes receberam cuidados médicos e, segundo a Secretaria de Educação, estão fora de risco. O caso, no entanto, acendeu um alerta sobre a entrada e o consumo de alimentos sem controle dentro do ambiente escolar.

Investigação tenta esclarecer origem do mal-estar coletivo
As primeiras informações colhidas pela escola indicam que o bolo foi levado de casa por um aluno, sem o conhecimento da família e da direção da unidade. A intenção seria vender pedaços para colegas durante o intervalo, prática que não é permitida pela instituição.
A Polícia Científica foi acionada para recolher amostras do bolo, que agora passam por análises laboratoriais. A principal hipótese é de intoxicação alimentar, mas os exames ainda vão determinar se houve contaminação por substâncias tóxicas, ingredientes vencidos ou manipulação inadequada.
A Polícia Militar registrou a ocorrência na Central de Plantão Policial de São José. A escola, por sua vez, reforçou nas redes sociais que os alunos são orientados a não levar alimentos de fora e que a merenda escolar segue padrões nutricionais e sanitários exigidos por lei.
O episódio gerou inquietação entre os pais, muitos dos quais solicitaram esclarecimentos imediatos e maior rigor na fiscalização do que é levado pelos estudantes para o ambiente escolar.
Escola promete reforçar orientações e medidas de segurança alimentar
Logo após o ocorrido, a direção da escola adotou medidas emergenciais para garantir a tranquilidade da comunidade escolar. Além do acompanhamento médico dos alunos, a unidade reforçou a comunicação com os responsáveis e emitiu nota oficial esclarecendo os fatos.
De acordo com a nota, o incidente foi tratado com seriedade desde o primeiro momento e todas as providências cabíveis estão sendo tomadas. A escola também garantiu que está colaborando com as autoridades na apuração completa do caso.
As medidas preventivas agora passam a ser prioridade. Entre elas estão o reforço nas orientações aos alunos sobre alimentação segura, campanhas educativas e até mesmo a fiscalização mais rigorosa no horário de entrada.
A escola reiterou que manterá um canal aberto com os pais e responsáveis, além de acompanhar de perto a recuperação dos estudantes envolvidos.
Alerta reforça debate sobre responsabilidade e vigilância nas escolas
O caso reacende um tema frequente no ambiente escolar: a segurança alimentar. Ainda que o gesto do aluno tenha sido impulsivo ou despretensioso, o resultado foi grave, colocando colegas em risco e mobilizando serviços de emergência.
Especialistas em educação apontam que o controle alimentar nas escolas vai além da merenda. É necessário criar uma cultura de conscientização entre os alunos sobre os perigos do consumo de alimentos não supervisionados.
A discussão agora envolve também os pais, que devem ser orientados sobre a importância de fiscalizar o que seus filhos levam para a escola. A parceria entre escola, família e poder público é essencial para evitar novos episódios.
Enquanto aguardam os resultados dos laudos laboratoriais, a escola segue monitorando os alunos afetados e promete manter a comunidade informada. A ocorrência serve de lição e alerta sobre a importância de cuidados básicos que podem evitar riscos à saúde coletiva.