O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, recentemente, uma nova lei que traz importantes mudanças no concurso público para órgãos federais.
A nova legislação, aprovada pelo Senado em agosto de 2022, moderniza as regras de seleção, permitindo que concursos sejam realizados de forma totalmente online. Essa medida visa flexibilizar e democratizar o acesso às oportunidades no serviço público, trazendo mais praticidade para os candidatos em todo o país.
A novidade possibilita que as etapas do processo seletivo ocorram pela internet, parcial ou totalmente. Além de modernizar os certames, a mudança também atende à crescente demanda por um sistema mais eficiente e acessível, utilizando plataformas eletrônicas seguras e controladas para garantir a integridade e a transparência do processo.
Realização de concurso público pela internet
O principal avanço da nova legislação é a autorização para que concursos públicos sejam realizados de forma online. Isso significa que os candidatos poderão participar das seleções de qualquer lugar, eliminando a necessidade de se deslocar para outras cidades ou estados, o que frequentemente envolvia altos custos de transporte e hospedagem.
Dessa forma, a realização das provas pela internet torna o acesso mais igualitário, especialmente para aqueles que enfrentavam dificuldades logísticas ou financeiras.
Entretanto, para garantir que todos tenham acesso justo às plataformas eletrônicas, será necessária a regulamentação dessa modalidade pelo Poder Executivo.
O governo ainda precisa definir as regras que assegurem que todos os candidatos possam utilizar as ferramentas digitais sem prejuízos. Mesmo com a inclusão de tecnologia no processo seletivo, o objetivo é manter a igualdade de condições para todos os participantes.
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Tipos de provas previstas
A nova lei também estabelece diferentes modalidades de provas para os concursos públicos, ampliando as formas de avaliação dos candidatos. Dentre os tipos de testes previstos, estão:
- Provas de Conhecimentos: Incluem exames escritos, que podem ser objetivos, dissertativos ou orais, abrangendo conteúdos gerais ou específicos conforme o cargo.
- Provas de Habilidades: São avaliações práticas que exigem a realização de tarefas relacionadas às atividades do cargo, além de testes físicos em casos específicos.
- Provas de Competências: Avaliações psicológicas e psicotécnicas, destinadas a verificar se o candidato possui o perfil necessário para o desempenho da função.
Com essa diversidade de testes, o governo busca uma avaliação mais completa dos candidatos, levando em consideração não apenas seus conhecimentos teóricos, mas também suas habilidades práticas e competências comportamentais. Essa abordagem visa garantir que os aprovados estejam mais bem preparados para os desafios das funções públicas.
Critérios para autorização de novos concursos públicos
Além de modernizar o formato dos concursos, a lei também cria critérios mais rigorosos para a autorização de novos certames.
Agora, os órgãos públicos que desejam realizar concursos precisam apresentar um relatório detalhado, que inclui informações sobre a evolução do quadro de pessoal nos últimos cinco anos e a previsão de necessidades futuras.
Esse relatório deve conter, ainda, a denominação dos cargos a serem preenchidos, a quantidade de vagas e a estimativa do impacto financeiro para o governo nos próximos anos.
Essas exigências têm o objetivo de garantir que novos concursos sejam planejados de maneira mais eficiente e transparente, evitando desperdícios de recursos públicos e melhorando a gestão do pessoal nas esferas federais.
Mudanças no estatuto da segurança privada
Além das mudanças nos concursos públicos, a nova legislação também traz novidades para o setor de segurança privada. O substitutivo sancionado por Lula institui o Estatuto da Segurança Privada e da Segurança das Instituições Financeiras, que regulamenta a atuação de empresas de segurança e transporte de valores.
Entre as principais mudanças, o estatuto reforça a necessidade de maior proteção nas instituições financeiras e detalha os direitos que as empresas devem garantir aos vigilantes. A nova regulamentação visa melhorar as condições de trabalho desses profissionais, além de otimizar a segurança em locais como bancos.
A Polícia Federal será responsável por controlar e fiscalizar todas as atividades de segurança privada no país. Com o novo estatuto, o órgão também terá autoridade ampliada para autorizar, supervisionar e punir empresas que não cumpram as normas estabelecidas, assegurando maior rigor na atuação desse setor.
Avanço na modernização
A sanção dessa nova lei representa um avanço significativo na modernização do serviço público brasileiro. Além de tornar os concursos mais acessíveis, a medida promete agilizar o processo seletivo, proporcionando aos candidatos mais facilidade e segurança para participar das seleções.
Ao mesmo tempo, a regulamentação da segurança privada garante melhores condições para os profissionais que atuam nessa área, reforçando o compromisso do governo com a modernização e a transparência. As mudanças prometem impactar positivamente tanto os candidatos quanto os trabalhadores da segurança privada, consolidando a busca por maior eficiência no Brasil.