A partir de 2024, uma nova lei de trabalho promete transformar a realidade de milhões de brasileiras que atuam sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
As trabalhadoras poderão contar com uma ampliação significativa no período de licença, que passará de 120 para 180 dias, sem que isso acarrete qualquer redução no salário.
Essa medida visa proporcionar às mães um tempo maior para se dedicarem ao cuidado de seus filhos recém-nascidos, garantindo, ao mesmo tempo, estabilidade financeira.
Detalhes da ampliação de licença do trabalho
Conforme informações do portal Pontotel, a nova legislação do trabalho oferece diferentes opções de licença-maternidade, permitindo que as mães escolham o modelo que melhor se adequa às suas necessidades. A primeira opção é usufruir de 180 dias de licença com salário integral.
A segunda alternativa permite 120 dias de licença do trabalho com salário integral, seguidos de 60 dias com metade do salário. Por fim, a terceira opção é dividir o período em 60 dias com salário integral e os 120 dias restantes com redução de 50% no valor do salário.
Casos especiais de extensão da licença
A lei do trabalho também prevê a possibilidade de extensão da licença em situações específicas, como partos prematuros ou no caso de nascimento de crianças com deficiência.
Além disso, mães que adotarem crianças menores de um ano têm direito à licença de 120 dias, podendo esse período ser ampliado conforme a idade da criança adotada.
Crianças de um a quatro anos completos garantem à mãe adotiva um acréscimo de 30 dias na licença, enquanto crianças de quatro a oito anos asseguram 15 dias extras.
Convênios coletivos podem, ainda, negociar a ampliação desses períodos, fortalecendo a proteção às mães no mercado de trabalho.
Como a nova lei afeta outras categorias de trabalhadoras
A nova lei também aborda as condições para diferentes categorias de trabalhadoras, como as microempreendedoras individuais (MEIs), autônomas, facultativas e empregadas domésticas.
Para essas categorias de trabalho, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) calcula o benefício com base na média dos últimos 12 salários de contribuição.
Para as trabalhadoras domésticas, o valor pago será o equivalente ao último salário de contribuição, enquanto para as seguradas especiais, como as trabalhadoras rurais, o benefício será de um salário mínimo.
Em casos de contribuições facultativas, o cálculo seguirá a média dos últimos 12 salários.
Ampliação da Licença-Paternidade
Em 2023, houve também uma significativa ampliação da licença-paternidade, que passou de 5 para 20 dias. Os pais podem optar por tirar os 20 dias com salário integral ou dividir o período, usufruindo de 10 dias com salário integral e mais 10 dias com metade do salário.
Esta mudança é um passo importante para o fortalecimento do papel dos pais no cuidado dos filhos nos primeiros dias de vida, promovendo um ambiente familiar mais equilibrado e justo.
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A nova lei no mercado de trabalho
A ampliação da licença-maternidade e da licença-paternidade reflete um avanço significativo nas políticas de proteção social no Brasil, com potencial para influenciar positivamente a relação entre empregadores e empregados.
Ao garantir maior tempo para o cuidado com os filhos, sem prejuízo financeiro, a nova legislação não apenas apoia as famílias, mas também contribui para a formação de um ambiente de trabalho mais humano e inclusivo.
Essas mudanças evidenciam a importância de políticas públicas que valorizem a maternidade e paternidade, promovendo o bem-estar das famílias brasileiras.
Além disso, a flexibilização das opções de licença oferece mais autonomia para que as mães escolham a melhor forma de conciliar o cuidado dos filhos com suas carreiras profissionais, o que pode gerar impactos positivos na qualidade de vida e no desenvolvimento das crianças.